A última lei do financiamento público dos partidos políticos, que podia ser designada pelos nomes de corrupção, abuso de poder, roubo, furto em larga escala, esbulho e pouca-vergonha, entre outros, é apenas um efeito do regime político de esbulho sob o qual vivemos desde o 25 de abril de 1974.
Para quem ainda não alcançou o que é o socialismo, deixo o exemplo do Governo chefiado por António Costa, conhecido no seu mandato de Presidente de Câmara de Lisboa pela proliferação de bem pagos empregos camarários para os seus camaradas.
Desta vez conta para o seu bornal com a ajuda deste Ministro das Finanças, o mesmo sujeito que foi ver o Benfica no camarote presidencial à custa de uma cunha, de nome Mário Centeno.
Na prática do socialismo de um lado está a elite burguesa e do outro a massa proletária.
Mário Centeno no ano passado decidiu aumentar em 500 euros, somando o valor total de 5.500 (Cinco mil e quinhentos euros) de senha de presença, por cada uma das sessões de trabalho em grupo, do Presidente da Comissão de Remunerações da Caixa Geral de Depósitos.
Em 2016, as oito reuniões para a fixação dos salários dos gestores de topo da CGD, essa esforçada tarefa (…), custaram aos contribuintes portugueses 120 mil euros.
No entanto, em 2017, Mário Centeno aumentou o valor das senhas de presença do camarada Ferreira de Oliveira, que preside aquela Comissão.
O ex-presidente da Galp, passou a receber mais 10% que os dois Vogais que também têm assento na Comissão, os camaradas burgueses Francisco Veloso e Patrícia Viana.
Além do aumento das senhas de presença, determinou em agosto do ano passado um limite máximo anual de 10 reuniões desta comissão.
Ao todo, a Comissão de Remunerações recebeu 155 mil euros para estabelecer os salários dos órgãos sociais da CGD, bem como dos colaboradores com “estatuto diretivo que reportam diretamente ao conselho de administração ou a qualquer das suas comissões”, vulgo camaradas do partido.
Recordamos que mais de 650 mil camaradas proletários trabalham um mês inteiro para receber 580 euros de salário mínimo.
Aqueles 3 camaradas burgueses ganham dez vezes mais num par de horas!
Em 2017 os contribuintes portugueses tiveram que contribuir (à força…) com mais 2.500 milhões de euros para a recapitalização da falida Caixa Geral de Depósitos.
Mas não temos como nos queixar da situação, no preâmbulo da Constituição da República Portuguesa afinal está escrito que nos resignamos viver sob uma sociedade socialista.
Eis o socialismo à portuguesa, disfrutado luxuosamente por uns poucos, com a fome e a miséria da maioria do povo.