A União Europeia definha todos os dias, o empobrecimento de largas camadas da sua população, a sua classe média asfixiando sob o peso dos numerosos impostos, a economia apresentando-se cada vez mais anémica.
Enquanto isso, um grande número de burocratas e políticos, uma pequena minoria, enriquecem a olhos vistos, aumentam a sua fortuna e os seus privilégios.
Os britânicos, cientes da perversão social, económica e política da União Europeia, optaram pelo êxodo.
Só a Europa Continental tem à fome e à miséria quotidiana 50 milhões dos seus cidadãos!
O Parlamento Europeu, constituído por 751 eurodeputados, cada um deles com o vencimento mensal (14 vezes) de mais de 15 mil euros líquidos, o Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, com mais de 20 mil euros, e uma reforma milionária ao fim de apenas 4 anos de mandato, perfaz uma despesa global de mais, e sempre a crescer, de 1.756 milhões de euros por ano!
Com todo este dinheiro aplicado em políticas sociais não ficaria um só pobre, um só desvalido e nem sequer um faminto: a Europa seria o paraíso!
O PE, que não possui quaisquer poderes efetivos para legislar sobre o quer que seja, representando somente uma velha e decadente oligarquia política, económica e social, lugar habitual de angariação de segundas e terceiras milionárias reformas, encontra-se ocupado pelos mais diversos tipos de torpes e inúteis de indivíduos, que aí vão tratar dos seus próprios interesses e egoísmos.
Ora, na causa maior da crise económica, social e política da Europa, estão as suas elites políticas, inúteis, tecnocratas e demagogas.
Mas, os povos europeus, tanto os do norte como os do sul, são, em geral e em particular, os maiores culpados da sua crise: a cultura e o credo da preguiça, o consumismo fácil, o vazio espiritual e a idiotice humana generalizada, fazem da Europa um território e uma comunidade mentalmente doente, desalmada e largamente improdutiva.
A União Europeia, contudo, tem e deve continuar a prosseguir os seus melhores projetos económicos, sociais, culturais e humanos, que trouxeram ao “velho continente” o maior período de paz e prosperidade que conheceu desde que tem história, mas constituída por gente séria, honesta, humilde, trabalhadora e, decisivamente, com políticas e opções menos materiais, mas muito mais humanas e solidárias.
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Novembro de 2016 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)