O Estado Português, qual toxicodependente, ou vulgar vadio inútil, nos últimos anos, ao nacionalizar os fundos de pensões, nos quais se destacam o dos bancários e da antiga Portugal Telecom, tem continuamente recorrido à clássica solução da espoliação da propriedade privada para continuar a sustentar os seus vícios e má vida.
Aliás, nos últimos 30 anos, à semelhança do período dos Governos de Vasco Gonçalves de influência do Partido Comunista Português, na pós-revolução de 1974, do que ainda hoje sofremos as consequências nefastas e que explicam em muito a falta de modernização social, política e económica de Portugal, o Estado Português tem, de modo geral, insistido em políticas económicas interventivas expansionistas que, quase sempre, descambam na alienação das poupanças dos portugueses.
Porque será que a esquerda que Governa atualmente se bate tão acerrimamente contra os pouco mais de 30 milhões de euros de subsídios do Estado concedidos aos colégios privados, mas já não mexe uma palha contra os milhares de milhões de Euros deitados à rua pelo Estado em serviços públicos inúteis, redundantes, ou total e absolutamente supérfluos?
Não será que explicação é tão simples quanto o da esquerda abominar as liberdades de ensino, de pensamento e de expressão, ou seja, querer cercear tudo o que seja diferente do que é a política oficial de Estado?
Esta mesma esquerda de tratar de cortar a fundo na despesa da inútil máquina do Estado, nomeadamente, atacando nas inúteis despesas da oligarquia política, nos seus gastos luxuosos, sumptuários e pornográficos de milhares de milhões de Euros, ou obrigando a poupanças nas Câmaras, Empresas Públicas, Segurança Social, Assembleia da República e Parlamentos Regionais, Ministérios, Ministros da República, Orçamentos da Presidência da República, da Presidência do Conselho de Ministros, boys e girls, ou acabando com as frotas de milhares de automóveis luxuosos do Estado, etc., etc., isso, os decisores públicos não fazem e não querem.
Mas, nisto os partidos portugueses, representados há mais de 40 anos no Parlamento, sem exceção, são todos iguais, ninguém neles defende ou se atreve a falar verdade e, nem ao menos, denunciando a cleptocracia que tomou como sua a vida pública.
Todos os 6 partidos políticos parlamentares, incluindo a nova maioria de esquerda, aceitam continuar vivendo nesta senda da alienação de Portugal e, a qualquer custo, mesmo "entregando a alma ao diabo", chegar ao poder e continuar gastando o que temos e o que não temos.
Os portugueses, parece, não terem salvação à vista, a cultura e a mentalidade do despesismo, da fraude e do parasitismo estatais está publicamente disseminada, salvo raras e honrosas exceções, um pouco por todo o seu Estado.
O Estado Português foi assaltado por quadrilhas que o tomaram como sua propriedade privada, pautando as suas vidas de luxos, benesses e prendas ilícitas, e que, à vista e sem rebuço, vivem acima das possibilidades dos comuns contribuintes portugueses.
Ora, até quanto e quando os portugueses aceitarão continuar reféns deste iníquo Estado Português, continuando a sacrificar as suas vidas?
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Junho de 2016 do jornal mensário regional "Horizonte" de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)