Nos amores, tal como na políticas, os portugueses deixam-se conduzir pelo estômago.
A mudança efetiva de Portugal só sucederá quando os portugueses sentirem fortemente a fome.
Até lá os partidos políticos poderão continuar tranquilamente na senda do roubo do erário público.
Quem escutou na passada segunda-feira o secretário-geral do PS, José António Seguro, a queixar-se de Durão Barroso e Passos Coelho, porque, segundo ele, estes dois estariam a cozinhar coisas nas suas costas na adesão da Guiné-Equatorial à CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e que não o chamavam também à mesa das negociações, não deve ter percebido mesmo nada destas queixinhas socialistas.
A questão é bem comezinha e fácil de perceber, mas foram mesmo muito poucos os portugueses que a entenderam.
Na verdade, a operação que envolve a Guiné-Equatorial é simples de perceber!
A Guiné-Equatorial é governado ininterruptamente há 40 anos por um ditador sanguinário, Teodoro Obiang Nguema Mbasog, que ganha as eleições com fraudes maciças e pratica os mais graves atropelos aos direitos humanos sobre o seu próprio povo, chacinando todos que se lhe opõem, vivendo o seu povo na mais absoluta miséria, mas, enquanto isso, uma minoria política e partidária do seu governo vive na maior opulência.
O regime equato-guineense está suportado pelo facto de ser o terceiro exportador de petróleo de África.
Ora, a adesão à CPLP, o que permitirá atenuar o isolamento internacional e "branquear" as massivas violações dos direitos humanos deste regime, vai ser oferecida em troca da compra pela Guiné-Equatorial do banco falido Banif e, como sempre acontece nestes negócios com regimes sanguinários, criminosos e corruptos, com o pagamento de enormes "luvas e comissões" milionárias aos políticos europeus envolvidos.
No caso, estão envolvidos os políticos e personalidades portuguesas.
Afinal, do que se queixava mesmo A. José Seguro?
Simples: que ele não estava a ser chamado para também partilhar das luvas pagas pelo regime político corrupto da Guiné-Equatorial para a sua entrada na CPLP.
E o PS português, como é sabido, não só não dorme na forma, como está sempre presente nos grandes negócios internacionais para receber o seu quinhão.
A social-democracia e o socialismo, do ponto de vista económico e político, prometem vantagens inegáveis às pessoas, não admira que tanta gentinha inocente e lerda se deixe enganar.
É que estas pantominices ideológicas esquerdistas prometem ser possível fazer simultaneamente "sol na eira e chuva no nabal".
E o comunismo ainda tem um argumento mais decisivo, diz que é possível fazer o paraíso celestial na terra.
É claro, perante as cabeças fracas a demagogia tem sempre um campo muito fértil para semear.
Eu até consigo entender o sentimento de alegria dos saudosistas do comunismo e da defunta União Soviética, perante o ressurgimento expansionista da Rússia comunista ao invadir a Ucrânia e anexar o seu território em violação do direito internacional, assim ameaçando a paz mundial.
O comunismo é e sempre foi uma ideologia inimiga da paz e só consegue sobreviver com a miséria e a destruição do ser humano.
Mas, o que estes patetas alegres comunistas parece que não conseguem mesmo enxergar é o facto dos próprios comunistas ucranianos não desejarem nadinha a intromissão dos russos nos destinos da Ucrânia.
Afinal, será que estes comunistas de sofá são assim tão estúpidos?
Em todos os tempos, lugares, famílias e ocasiões, há umas quantas “ovelhas ranhosas” que vivem locupletando-se à custa alheia.
Entre estes indivíduos desonestos e desprezíveis, colocados no lugar mais baixo da escala dos vis ladrões, contam-se “os papa-defuntos”.
Estes têm por hábito e regra esperarem à socapa pelo último suspiro, ou pelo fecho dos olhos, dos moribundos, para roubarem o que foi da sua pertença e, mal esperando que o corpo do enfermo arrefeça, calçam os seus sapatos usados, saqueiam os seus haveres e pertences, inclusivamente prejudicando o direito à herança dos seus demais parentes.
Da minha herança conto o que já recebi em vida dos meus pais, eu próprio, a minha educação, o meu ofício e os meus valores.
Não tenho "sangue azul", os meus antepassados não são, nem nunca foram brasonados, nem sequer há notícia que na família tivessem havido sopeiras ou criadas emprenhadas por Barões, Condes, Viscondes ou outros trastes, não sou maçon, nem vivo mancomunado com seitas, grupos mafiosos ou partidos políticos.
O meu mais distante antepassado conhecido, de que tenho notícia, um bisavô, do qual recebi o meu último apelido Passos e que só tarde descobri a sua campa no cemitério, era carpinteiro de profissão, nasceu em lugar incerto no norte de Portugal e, depois ter estado emigrado durante 2 a 3 anos, no final Século XIX, no Brasil, quando regressou, não possuía mais do que a roupa que tinha vestido e uns poucos instrumentos do seu ofício.
Não pactuo com privilégios, benefícios legais ou iníquos por razão do sangue, da família ou da condição política, social ou qualquer outra.
Tenho a minha força de trabalho, a minha formação literária e o calo que a vida me deu, que são distinções suficientes.
Acredito fielmente nos 10 Mandamentos de Deus, jamais aceitaria como legítimo cobiçar, apropriar, ou esbulhar o que não é legitimamente meu por direito e por lei.
Com garra, trabalho e fé em Deus posso ser livre e angariar honesta e honradamente o meu sustento e o meu património.
Para além do amor, pouco mais uma criatura humana pode desejar.
Passem todos bem e sejamos sempre gratos com tudo o que a vida nos dá!
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Março de 2014 do mensário regional Horizonte, de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)
Nos dois últimos meses, a Vila de Condeixa-a-Nova e todos os espaços envolventes tresandam a gordura queimada.
A conhecida unidade industrial Indoliva, que labora dentro do espaço urbano de Condeixa, fazendo a transformação de resíduos de azeitona e os seus bagaços, vem libertando da sua unidade industrial fumos e vapores que "perfumam" tudo ao seu redor, num raio de muitos quilómetros.
Os fumos e cheiros fétidos em causa chegam a muitos quilómetros de distância, lugares tais como Antanhol, Cernache, Faia, Eira Pedrinha, entre muitos outros.
Os cheiros fétidos e podres libertados daquela unidade industrial, tornam os ares irrespiráveis e fazem de Condeixa e arredores, nestes dias, um ambiente geral impossível de respirar.
Os condeixenses e os seus vizinhos que deixam as roupas penduradas ao ar livre têm sucessivamente de lavar novamente a roupa que fica a tresandar a gordura fétida.
Mas os pulmões dos seres humanos não são passíveis de serem lavados e os danos na saúde humana têm um custo demasiado alto.
Os residentes locais mal podem sair à rua, onde sentem mau-estar geral, náuseas e, até mesmo, vómitos.
Para as crianças a solução é fecharem-se dentro de casa, de janelas e portas fechadas.
Dizem os populares, perante este foco de poluição local sentido há muitos anos, décadas mesmo, que nunca havia sido tão mau o ar como o sentido neste inverno.
O cheiro poluente empesta e enoja, de tal maneira, que chega a aproximar-se a um largo ambiente de esgoto.
Sair à rua para os condeixenses tornou-se numa experiência de nojo, repulsa e mau estar.
Os condeixenses mais antigos esperam e desesperam há décadas que as autoridades públicas, nomeadamente a sua Câmara Municipal, tomem medidas de modo a debelar o grave problema de saúde pública em causa.
Mas a Câmara Municipal, os eleitos locais e os sucessivos executivos camarários de Condeixa-a-Nova, durante tantos anos e um tão grave problema, têm-se revelado indiferentes, mudos e quietos.
O Município de Condeixa é governado consecutivamente pelo Partido Socialista desde 1975.
As 3 chaminés industriais libertam os fumos de forma livre e aberta, mas, mesmo assim, para as autoridades públicas locais, sanitárias e ambientais tudo parece bem.
Até quando?
Impõe-se uma corajosa atitude cívica dos condeixenses de modo a fazer cessar este problema ambiental e, em alternativa ao atual, que restaure os níveis mínimos de qualidade de vida em Condeixa-a-Nova e arredores.
Perante a generalizada irresponsabilidade pública, política e partidártia, a alternativa, deve passar por uma cidadania corajosa e ativa!
Condeixa-a-Nova precisa de gentes corajosas que digam BASTA!
Vídeo no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=puG7Lq-jNtE#t=24
Fotos: