A aprovação generalizada por muitos países do mundo do casamento gay e da adoção de crianças por homossexuais não passa de mais um exemplo da vereda doentia da atual civilização.
Todo este curso doentio e a imensa crise global que vivemos no presente terá um fim, a bem ou a mal, do qual dependerá a auto-destruição, ou só invés a salvação, da espécie humana e, em última análise, da Humanidade.
Uma sociedade está próximo de aceitar a escravatura quando a sua maioria aceita que uma minoria lhe imponha condições, um estado de facto ou até mesmo leis com as quais não está de acordo e que até, nalguns casos, violam os basilares e estruturantes princípios e valores éticos, morais e civilizacionais que a informam, a constituem e a estruturam.
Um exemplo disto mesmo é essa vergonhosa e doentia aprovação das leis do casamento homossexual e da adoção de crianças por gays.
É verdadeiramente e estamos perante uma sociedade contemporânea já sem vergonha, sem orientação e sem destino, constituída por gente amorfa, opaca, fraca e sem capacidades crítica e interventiva!
É, definitivamente, uma sociedade sem personalidade, sem alma e sem Humanidade!
A maioria PSD-CDS/PP revela a sua ignorância, ou quiçá, no que eu fielmente acredito e estou convicto, demonstra a sua má-fé política e ideológica, ao atacar os juízes do Tribunal Constitucional pelo seu veto ao último Orçamento Geral do Estado.
Os Juízes, concorde-se ou não com a sua decisão, foram sérios, retos e corajosos, fazendo-o no estrito cumprimento do seu papel e dos seus deveres legais, julgando e decidindo em consciência, no respeito e conforme a Constituição da República Portuguesa.
Ora, se a maioria política com assento parlamentar e que suporta o Governo discorda com a decisão em causa o que tinha de escolher era ir bem mais longe e seriamente dizer que é tempo de mudar a Constituição.
Mas já para isso o PSD e o CDS, tal qual e também hipocritamente o PS e a restantes esquerda do BE e do PCP/Verdes, agem de má-fé e falsamente.
Porque, aliás como bem sabemos, todos os partidos políticos não querem devolver o poder político constituinte ao Povo Português, vedando o livre e soberano direito popular dos portugueses escolherem uma sua nova Constituição, de modo ser reformulado o regime político, social e económico e, fundamentalmente, escolherem um novo rumo de progresso e desenvolvimento de Portugal.
Mas esta atuação terrorista dos partidos não é sequer uma surpresa, todos os partidos políticos com assento na Assembleia da República, sempre viveram e continuam a enriquecer à custa do aumento da miséria dos portugueses, portanto, continuam e estão interessados na manutenção deste desgraçado estado de coisas e pouco se lixando se os portugueses morrem com fome, doença ou abandono.
A democracia para os partidos políticos é um meio legal eficaz de rapina sobre os portugueses e o jogo político e partidário mais não é do que que uma mera palhaçada de palavras ocas e vazias e que nos são fornecidas diretamente pelo canal AR-TV paga com o dinheiro dos contribuintes.
Ora, nada mais simples, para os partidos políticos, para o Governo e para o Presidente da República, em resumo e em verdade, o que eles querem e pensam para o país e para os portugueses é "quanto pior melhor"!
Lei n.º 7/2001, de 11/5
(alterada pela Lei n.º 23/2010, de 30/8)
... Artigo 5.º
Protecção da casa de morada da família em caso de morte
1 — Em caso de morte do membro da união de facto proprietário da casa de morada da família e do respectivo recheio, o membro sobrevivo pode permanecer na casa, pelo prazo de cinco anos, como titular de um direito real de habitação e de um direito de uso do recheio.
2 — No caso de a união de facto ter começado há mais de cinco anos antes da morte, os direitos previstos no número anterior são conferidos por tempo igual ao da duração da união.
...
Ou seja e para que se perceba: em caso da morte do outro membro ou cônjuge da união de facto, e caso esse falecido deixe sobrevivo um seu filho natural de um anterior casamento, ou de uma anterior relação, mesmo que a casa de habitação em que fique a viver o menor tivesse sido da pertença exclusiva daquele falecido, portanto sendo anterior à união de facto entretanto extinta, o direito à habitação do membro sobrevivo da união sobrepõe-se aos interesses da criança e até mesmo ao seu direito "natural" à herança.
E caso o membro/cônjuge que resta dessa anterior união de facto se oponha à presença do menor naquela casa, não interessando sequer ao escopo da lei mesmo que estejamos perante a habitação em que a criança foi nascida e criada, à criança só lhe resta, e é esta a expressão correcta, ir viver “para debaixo da ponte”.
Que dizer disto?
Eu só o vejo de uma maneira: o Estado e as suas presentes leis, com a permissão do texto da Constituição da República de Portugal, encontram-se eivados de intenções e propósitos destruidores da instituição do casamento, da família e das crianças.
Em contrapartida e ao invés, temos um Estado contaminado de políticas e sucessivas governações, seguidas após o 25 de Abril de 1974, que privilegiam, e se encontram ao serviço e promoção da mancebia, do adultério, da prostituição, do divórcio, do aborto, do homossexualismo, da pedofilia e da destruição em geral da instituição da Família e, muito particularmente, contra as crianças.
Este é, na verdade, um Estado satânico e que conta com o apoio dos Partidos Políticos com assento na Assembleia da República, cujo texto legal da sua organização político-social, dita Constituição da República, não protege a dignidade da Pessoa Humana, antes atentam contra a sua harmonia e os seus equilíbrios sociais e familiares.
Definitivamente o Estado português contemporâneo é um Estado anticivilizacional e antihumano.
E ainda se admiram da crise em que vivemos!?
Como é sabido José Sócrates perdeu as eleições em 2011 e, naquela mesma noite morreu com o desgosto e foi parar à porta do Céu.
Lá encontrou o São Pedro e pediu-lhe que queria ir para o Céu.
O São Pedro compadeceu-se dele, dizendo-lhe que os portugueses o tinham incompreendido e feito muito mal, e deixou-o entrar.
Passada uma semana, Deus muito arreliado, foi ter com o São Pedro e pediu-lhe que, "por amor de Deus", mandasse o Sócrates embora, fosse para onde fosse, porque já não havia descanso no Céu.
O Céu havia-se tornado uma balbúrdia.
Aquilo agora eram só Cursos de Formação Profissional, eram as "Novas Oportunidades", o Orçamento do Céu andava completamente desequilibrado, eram só dívidas ao diabo e ao inferno, eram protestos e greves todos os dias, contestação nas ruas, já haviam partidos da oposição, um tal de Passos Coelho que prometia não cortar os subsídios e as pensões e até um Anjinho de nome de Louçã já andava a mandar "nomes" à tia do Sócrates…!
Enfim o Céu havia virado um inferno!
O São Pedro, para resolver o problema, telefonou ao diabo e pediu-lhe se aceitava o Sócrates por lá uma temporada até que voltassem a paz e o descanso ao Céu.
O diabo lá o aceitou, mas só por uns quinze dias, dizendo que não queria mais problemas no inferno e que aquilo funcionava razoavelmente.
Passaram-se 15 dias, 1 mês, 2 meses e notícias do inferno nada...
Estranhando a falta de notícias, São Pedro resolveu ligar ao diabo e perguntar-lhe pelo Sócrates, já que este não dizia nada.
Responde o diabo do outro lado da linha: "opah... isto agora no inferno anda uma balbúrdia do caraças!
Desde que o Sócrates chegou já não tenho mais com que me ocupar e passei a ter uma vidinha descansada e regalada, e até estava a passar umas férias em Portugal.
Disse o diabo: desde que o Sócrates chegou o inferno aquilo mudou completamente, o Sócrates havia ganho as últimas eleições ao diabo, tendo ganho as eleições com uma maioria absoluta lá no parlamento, tinha um ministro que fazia "corninhos", no inferno passou a haver todos os dias manifestações e greves contra o Sócrates, são mais impostos e mais sacrifícios todos os dias para as almas penadas, mais fome e miséria, “andam todos "pegados" uns com os outros à bulha e à pancada, já ninguém se entende e até já passaram a dizer que o diabo é que era bom...
Conheci pessoalmente Passos Coelho e Miguel Relvas quando tinha 17 anos, quando me inscrevi em 1983 na Juventude Social-Democrata.
Ambos eles liam e citavam abundantemente Marx, Engels e Lenine e faziam-se acompanhar de obras várias sobre o socialismo e social-democracia.
Foi o início da minha militância na JSD e logo a seguir no PPD/PSD, que só vim a terminar em 1999, pedindo a minha desfiliação, quando Durão Barroso, outro conhecido esquerdista, oriundo do comunismo maoísta do PCTP/MRRP, chegou a Presidente do PSD.
Logo percebi que a ligação entre Passos Coelho e Relvas era muito próxima, a confiança entre eles e os seus seguidores deram-me a perceber que tinham uma enorme ambição pessoal de chegarem à Presidência do PSD e, posteriormente, ao Governo.
Passados 28 anos haviam de chegar ao poder, estava consumada a sua longa caminhada carreirista pelo PSD, coincidindo com Cavaco Silva, um social-keynesiano, a Presidente da República.
E a ideologia do Governo marxista de Passos Coelho mostrou-se: não privatizou qualquer empresa pública, não baixou a despesa pública, antes pelo contrário, aumentou o intervencionismo estatal na economia, expropriou o pouco rendimento disponível dos particulares e das empresas e elevou a carga fiscal ao nível do rédito e da expropriação.
À conta desta política continua a não se permitir florescer uma economia privada, nem um país de pessoas e empresas livres, dinâmicas e competitivas, antes pelo contrário, o Estado serve para privilegiar e proteger o parasitismo político, a ineficiência, o desperdício e o clientelismo.
Na Concertação Económica e Social, paradoxalmente um resquício ideológico do Estado Corporativo e salazarista, cria-se a aparência de um debate social e de classes que só serve os desígnios da Partidocracia vigente e dos seus clientes, grupos, empresas, pessoas e sindicalistas parasitas.
É apenas mais uma flagrante prova da asfixia de uma verdadeira democracia cívica e humana de pessoas e cidadãos livres!
É o Portugal no seu pior, à luz da sua vigente Constituição Política esquerdista e terceiro-mundista, enfermo, por um lado, pelo socialismo, a social-democracia e o comunismo de Estado, e, por outro lado, pela inveja social e humana do povo português.
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Abril de 2013 do mensário regional Horizonte, de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)