Veio hoje ao público pela comunicação social a notícia da propalada poupança pelo Governo de 1.000 (Mil) milhões em encargos com as PPP´s.
Visto e lida a notícia, temos, como dantes aliás, de pasmar!
Eis a primeira tentativa a que assistimos com o Governo de Passos Coelho de atirar areia para os olhos dos portugueses com um simulacro de renegociação das PPP´s, tudo para bem continuar a enganar os portugueses e permitir continuar impune e alegremente com o conhecido rédito sobre o suor dos contribuintes a favor do negócio usurário das PPP´s.
Tudo isto e uma vez mais, está agora a ser preparado com Passos Coelho, para dar continuidade à conhecida sobre-exploração legal dos concessionários privados das PPP´s sobre os portugueses e o erário público
Ora vejamos: os alegados 1.000 milhões de pretensa ou alegada poupança com as PPP´s representam apenas 2% (dois por cento...) do custo total com as PPP´s nos próximos 38 anos – até 2050 - com os respetivos encargos para o Estado Português totais de, aproximadamente (por defeito), 50 mil milhões euros.
Ora, o Governo de Passos Coelho, ao vir agora com este número de mil milhões, uma vez mais, como já lhe conhecemos, vem tentar jogar com a ignorância do "povinho", porque este montante não só é uma mera gota no oceano dos reais custos excessivos e pornográficos dos encargos ruinosos com as PPP´s, que mais uma vez não são realmente discutidos nem verdadeiramente atacados, como cerca de metade – 400 milhões - deste novo "milagre das laranjas" de Passos Coelho têm a ver somente com o novo IC3 que ainda nem sequer se encontra concluído.
Ora portanto, o novo IC3, que nem sequer ainda está em execução financeira para o Estado, portanto que não se encontra sequer em pagamento ou a ser suportado pelo Orçamento Geral de Estado, só deve começar a fazer sentir os seus encargos a partir de 2013.
Os alegados 400 milhões, pretensamente poupados com esta PPP, mas que não é verdade, resultam exclusivamente em benefício e favor da concessionária Ascendi (Grupos Mota-Engil e Banco Espírito Santo), e que permitem para aquela Concessionária menores responsabilidades e encargos de construção – redução de obras, menor número de rodovias adjacentes recuperadas – e em poupanças com despesas - especialmente com a manutenção daquela via.
E desta PPP do novo IC3, os portugueses nem sequer ainda sabem em rigor e exactamente qual é o real número ou custo financeiro total e final.
Mais uma vez, como bem se percebe desta tentativa de intoxicação e manipulação da opinião pública, vemos e comprovamos a notável a capacidade do Governo de Passos Coelho em não falar a verdade aos Portugueses!!!
E assim vão os portugueses, comendo como tolos as papas e os bolos fornecidos pela comunicação social e sempre com o alto patrocínio das novelas dos Governos de Portugal.