Não posso deixar de destacar esta imagem e o seu significado.
Eis um presidente dos EUA, de nome Barack Obama, provavelmente o homem mais poderoso do mundo, Chefe de Estado e de Governo de uma democracia pura e real, onde imperam um sistema, ou o que resta dele, em que as pessoas se julgam e avaliam pelo seu trabalho e pelos seus méritos individuais, portanto em que o sucesso é realizado e conseguido, bem como estimado e valorizado, com base e tomando em conta e primeiro o esforço, o trabalho e a dedicação individual de cada um.
Bem diferente do caso português, em que tantas e tantas vezes campeiam a inveja e a maledicência contra quem individualmente se destaca e sobressai, e em que o enriquecimento e os resultados materiais são antes apreciados com base na capacidade da rapina, da fraude e da burla, e não sem desdenhar os factores "cunha" e "afilhamento".
E no século XXI viemos a descobrir ainda pior em Portugal um factor ainda mais perniciosos e maléfico, que contaminaram inclusivamente as altas instâncias do Estado, do Governo e da Política nacionais, promotora dos tráficos de influências e da alta corrupção de Estado em conluio com empresa e bancos, pela acção das Lojas maçónicas e de diversos grupos de indivíduos, servindo-se inclusivamente dos partidos políticos, para a realização maciça de fraudes e burlas, de altos e elevados valores económicos, quer sobre o erário público, quer contra os bens sociais e o património nacional.
O que veio a contribuir decisivamente para a ruína nacional.
Esta imagem de um Presidente cumprimentando um trabalhador de limpeza, mostra e demonstra bem a palavra e o sentido da igualdade, afinal o conceito básico da irmandade humana, da democracia, da liberdade e da república.
Já nós os portugueses, tomamos nota que a altivez e arrogância são a escola e o meio de selecção dos nossos políticos e governantes.
Eu conheço tantos indivíduos colocados actualmente em altos lugares do Estado, na Política e no Governo e que ainda há poucos anos, quando eramos jovens e que comigo se sentaram ao meu lado nos bancos de escola que, chegados a esses lugares, a primeira coisa que fazem é mostrar a sua arrogância, a sua vaidade e a sua ignorância para com os demais.
Ora, com esta escola de regime plutocrático, em que se premeia e se incentiva a arrogância e a prepotência de energúmenos nenhuma sociedade pode avançar colectivamente.
Só com uma sociedade de indivíduos solidários e tomando-se todos como irmãos e iguais se poderá avançar para a felicidade e o bem-estar comuns.
Em Portugal ser poderoso, rico ou influente é um excelente meio para se ser popular e bajulado por muitos, até mesmo ter a veneração de multidões.
Em contrapartida, as convicções e os princípios, o esclarecimento e a lucidez perante a realidade, a verdade e a honestidade, merecem o desprezo e a ignorância da maioria, granjeiam inimigos e a solidão e nenhuma estima ou consideração merecem.
Afinal de contas, é só o sinal que os portugueses já não acreditam em si, vivem sem futuro nem esperança, parece que se agarram desesperadamente às migalhas que caem da mesa dos poderosos, aceitam ser servis e vendem-se a qualquer preço.
Parece um povo derrotado, sem carácter nem dignidade, são escravos e tomam-se por cobardes.
Não me espanta o egoísmo das pessoas, afinal sempre o conheci e muito bem, vi-o sempre ser servido em catadupa ao longo da vida, desde muito cedo e jovem caminhei na vida sozinho, logo desprotegido, estava em posição privilegiada para o presenciar.
O que me espanta verdadeiramente é o facto de, mesmo fazendo-lhes o bem, ver as pessoas responderem-nos com o obsceno e profundo mal, mesmo sabendo que, para além disso não resolver os seus problemas, agravam ainda mais e sem distinção os problemas de todos.
Afinal, não será esta grotesca irracionalidade a causa primeira da crise generalizada a que assistimos à nossa volta?
A Partidocracia, a Plutocracia e a Cleptocracia, são os três principais axiomas e princípios estruturantes da III República Portuguesa.
A Partidocracia, conhecemo-la pela acção heterógena dos partidos políticos sobre a sociedade, as instituições e as comunidades em geral, em que se destacam e identificam um conjunto de 6 a 7 partidos políticos, uma igreja e dois sindicatos, informados e estruturados pela ideologia socializante, revelando-se pela sua forma efectiva e prática, distanciadas do povo e garantidos pela legitimação formal dos processos eleitorais e do voto, exercendo por si e para si, de facto e de lei, a soberania do seu poder efectivo o controle sobre o Estado e sobre os seus Órgãos de Soberania políticos e judiciais e, a final, o controle e a dominação sobre as sociedade, as populações e o povo em geral.
A Plutocracia é o conjunto dos actores individuais político-económicos e corporativos, alinhados pelas várias famílias políticos e pessoais, ou seja a agiotagem, com ligações mais ou menos conhecidas a outras associações mais ou menos secretas, como a maçonaria, as opus dei e gay, passando pelos partidos políticos, formando uma teia de interesses com canais comunicantes do Estado e para a sociedade e vice-versa, e tendo em vista, em última análise, a manutenção e dominância de um conjunto homogéneo, permanente e estável de indivíduos, famílias e grupos no poder económico, político e social de Portugal.
A Cleptocracia é a filosofia final de acção homogénea da Partidocracia e que perpassa a partir das suas linhas de acção política e ideológica vertidas no normativo Constituição da República, sendo agilizadas, disseminadas e veiculadas por meio da acção e direcção da Plutocracia, e que tem fundamentalmente vista a absoluta rapina e o rédito predatórias sobre os meios de produção e do trabalho e os rendimentos sociais e económicos nacionais, para a sua posterior apropriação exclusiva pelos os seus grupos e indivíduos que praticam o domínio.
Não há democracia em em Portugal!
Há uma simulação grotesca da mesma, nada mais.
Nos dias de hoje, parece que tudo, ou quase tudo, se mede por aparências.
E tal é o grau de ilusão em que as pessoas vivem, o seu auto-convencimento, as suas vaidades e manias, ou o mundo de mentira em que se enganam a si mesmos ou aos outros, até mesmo vivendo em cima de pântano ou não tendo onde cairem mortas, e mesmo assim não percebem que continuam sempre no mesmo lugar e pisando nos seus próprios pés.
Como pensarão elas assim que se podem salvar, ao menos, a si próprias?