Corro estradas e caminhos sem fim
Percorro e corro quem e não sei
São avenidas rectas e curvas enfim
O som da vida é acústico hei
Este trajecto não cruza nem toca no céu nem
O som da vida é acústico e destoa
Vou adiante corro, caminho de pé sem
O bater no chão dos meus pés são passos
O tamanho destes tantos são dias e noites
Os lados dos caminhos têm muros tão altos quanto
Adiante daqueles bordos multi-coloridos hão-de vidas
Para além da minha vista são ouvidas
O sol para além se deita amanhã e volta na alvorada
A vida é um caminho aleatório e tem cansaço
O futuro é um dia adiante do outro de avanço
O rumo sem sentido de partida e tem chegada.
Segundo o Artigo 145º da Constituição da República Portuguesa, compete ao Conselho de Estado: a) Pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República e das Assembleias Legislativas das regiões autónomas; b) Pronunciar-se sobre a demissão do Governo, no caso previsto no nº 2 do artigo 195º; c) Pronunciar-se sobre a declaração da guerra e a feitura da paz; d) Pronunciar-se sobre os actos do P...residente da República interino referidos no artigo 139º; e) Pronunciar-se nos demais casos previstos na Constituição e, em geral, aconselhar o Presidente da República no exercício das suas funções, quando este lho solicitar.
Ora, no dia de ontem e após quase 6 horas de reunião do Presidente Cavaco Silva com os Senhores Conselheiros de Estado, reunidos em Conselho de Estado, desconhecendo-se se houve direito a chá e bolachas, saiu o seguinte comunicado: "No momento em que, na Assembleia da República, decorrem os trabalhos para a aprovação do Orçamento do Estado para 2012, o Conselho de Estado apela a todas as forças políticas e sociais para que impere um espírito de diálogo construtivo capaz de assegurar os entendimentos que melhor sirvam os interesses do país, quer a estabilização financeira, quer o crescimento económico, a criação de emprego e a preservação da coesão social", é referido em comunicado."
Ora, repitam lá outra vez?!
Mas então foi só para esta tamanha "novidade" que estiveram reunidos a debater durante tantas horas?
Valha-me Deus!
O caso vem relatado nas páginas do jornal Correio da Manhã de hoje e diz respeito a um episódio ocorrido com um autarca do Município de Matosinhos e mostra, verdadeiramente, um manual de rápido e bom enriquecer.
Ai não sabe como se ganha muito dinheiro, de maneira fácil e rápida, em Portugal?
Então é assim: faça-se eleger como autarca, consiga fazer com que a sua Câmara altere o PDM de uma determinada zona do seu concelho e alterando a qualidade/aptidão de um conjunto de terrenos, passando de rústicos a urbanos, de seguida e mantendo secreta e privilegiada a informação só para si, vá comprar os terrenos aos proprietários a preço de rústicos e, finalmente, já no uso da informação de terem passado a urbanos e com uma execelente capacidade e boas áreas constructivas, a seguir venda-os a promotores imobiliários.
"Voilá": ganhou vários milhões de euros e está rico!!!
Viva Portugal, terra fértil de corruptos e malandragem diversa.
E não há nada como a política para esta "seita".
Lembram-se do episódio do furto dos gravadores aos jornalistas em plena Assembleia da República?
Então digam-me lá se alguém percebe a lógica da nomeação pela Assembleia da República de um fulano para o Centro de Estudos Judiciários, ou seja para a escola da formação de juízes e procuradores judiciais, quando este deputado Ricardo Rodrigues está «pronunciado pela prática do crime de atentado à liberdade de imprensa», no caso dos gravadores furtados???
Ainda segundo o sindicato dos magistrados do Ministério Público tais circunstâncias «colocam dúvidas relevantes sobre a sua idoneidade para ocupar tal importante lugar» na escola de formação de magistrados.
Ora, dizemos nós, qual o espanto da nomeação desta personagem, Portugal não é, nem nunca foi uma democracia, o que é sim é um república corrupta das bananas.
Levanta-te Povo e revolta-te!
Lembramos quem são os Ministros e os Secretários de Estado beneficiários do subsídio de de renda de casa, de quem exigimos e esperamos que renunciem rapidamente a esses escandaloso benefício:
1- João Pedro Aguiar-Branco, ministro da Defesa, e 2 - Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, são os dois membros do Executivo que juntarão este subsídio à sua remuneração mensal de 6885,40 euros, dado terem residência habitual no Porto e em Braga, respectivamente.
Já os secretários de Estado que auferem os vencimentos mensais de 6133,55 euros e a quem são acrescidos em 1152 para a comparticipação dos custos com habitação na capital são: 1 - José Cesário, responsável pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas; 2 - Juvenal Peneda, adjunto do ministro da Administração Interna; 3 - Simões Júlio, Administração Local e Reforma Administrativa; 4 - Cecília Meireles, Turismo; 5 - Daniel Campelo, das Florestas e Desenvolvimento Rural; 6 - Marco António Costa, Solidariedade e Segurança Social, e 7 - Vânia Barros, adjunta do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Exigimos que lhes sejam retirados imediatamente este escandaloso bónus!
Depois de Passos Coelho ter mergulhado o país numa enorme depressão com as suas políticas draconianas de austeridade, vem agora defender mais cortes nos salários dos privados!
Perante esta esperteza saloia, de um governante que nos conduz aceleradamente a todos para um enorme desastre colectivo, eu tenho de me questionar no que esta "inteligência rara" mais a seguir vai propor.
Que os trabalhadores prestem o seu trabalho diário trabalho em troca de uma ração, 10 ou 12 horas de trabalho por dia, 6 dias de trabalho por semana, servidão da gleba ou a escravatura?