Portugal depara-se hoje perante uma gigantesca divida acumulada, que atingirá cerca de 350 mil milhões de Euros.
O montante resulta da dívida directa contraída pelo Estado que rondará cerca de 110 milhões de Euros, a que se somarão os encargos do Estado com as parcerias públicos privadas, vulgo os encargos com as SCUT`s, com as concessoões rodoviárias de auto-estradas, com as pontes 25 de Abril e a Vasco da Gama, tudo na “módica” de cerca de 50 mil milhões de Euros e, finalmente, a estonteante dívida dos Bancos portugueses que ascenderá aproximadamente a 190 mil milhões de Euros.
É sabido o nome do criador do estratagema de criar a ciclópica dívida do Estado, com a sua política de incentivo descarado e fácil do consumo público do Estado, com quem se procedeu à momentânea criação de cerca de mais 150 mil empregados públicos, a acrescer aos mais de 500 mil então existentes e, a não menos notável, invenção do ruinoso negócio das parcerias público-privadas: António Guterres, o mal-fadado Primeiro-ministro auto-demitido, triste e funeste má figura da política e da governação portuguesas dos anos 90.
Na senda do legado do já então enorme buraco em que Portugal se começava a meter, tivemos o fugaz consulado de menos de 2 anos, de Durão Barroso, que à primeira oportunidade que teve fugiu a “sete pés” para o refúgio dourado de Bruxelas, confrontado que foi perante a triste república ia a vez ora de “tanga” ora “nua”.
Para terminar a fuga de Durão Barroso, tivemos o ainda mais breve Santana Lopes, deposto por um verdadeiro “golpe de estado” Constitucional, promovido pelo “british mas pouco” Presidente Jorge Sampaio e pela “má moeda” de Cavaco Silva.
Eis senão, quando já não bastavam os desastres nacionais, dá-se a eleição do herdeiro natural de Guterres, o agora conhecido Sócrates Engenheiro relativo e, para o coroar, logo a seguir veio a eleição presidencial de Cavaco Silva.
Ora, logo quando os portugueses esperavam finalmente moderação, juízo e atino na Governo da República Portuguesa, viemos todos a conhecer a magistratura do Presidente de “corta-fitas”, numa negligente e cúmplice actuação do “deixa andar", o que permitiu que indivíduos e grupos opotunistas tomassem de assalto o erário público.
O que a seguir veio bem mostrou o que muitos deles andavam a “tratar” em proveito próprio, fossem os buracos financeiros do BPN e do BPP, as novas e multi-milionárias parcerias público-privadas das novas auto-estradas, as derrapagens financeiras escandalosas nas inúmeras obras públicas, o despesismo crescente nos mais variados sectores do Estado e o seu galopante endividamento, e outros demais esquemas de rapina do erário público.
Só até ao final do primeiro trimestre de 2011 Portugal vai deparar-se com o vencimento imediato da obrigação de amortização da dívida pública externa em quase 30 mil milhões de Euros, ou seja metade de um Orçamento de Estado, sem se saber, e ninguém parece importar-se com isso, como e com o quê pagar.
Enquanto isto cerca 50% da população definha com fome e privações diárias, vendo por sua vez uma outra minoria, os clientes, afilhados e amigos certos dos Partidos Políticos engordando e enriquecendo todos os dias a olhos vistos à custa do cada vez mais exausto estafado Orçamento.
Como se não bastassem todos os anteriores, Passos Coelho, qual mestre-de-cerimónias de todos os antecessores, já veio dizer a público que aceita tirar as medidas do caixão nacional sob as futuras ordens e as instruções draconianas do Fundo Monetário Internacional.
É certo e seguro, antes da Páscoa o "borrego" nacional já estará morto e o FMI estará a aviar mais uma das suas célebres receitas de depressão e enterro a Portugal inteiro.
Como identificar e lembrar todos estes simplórios cavalheiros da “alta” politica nacional, dos últimos 15 anos, senão como os coveiros de Portugal?
O candidato e Bastonário Marinho e Pinto ganhou as Eleições na Ordem dos Advogados por larga maioria, sufragando o mandato percorrido nos últimos 3 anos.
Mal foram conhecidos os resultados os conhecidos grupos apoiantes dos seus adversários fizeram-se logo ouvir ruidosamente, denotando claramente que não aceitam nem pacífica nem democraticamente os resultados.
Claramente, os apetites vorazes que continuam a acalentar candidatos e candidaturas, e os seus grupos apoiantes, suportados pelo crescente número de advogados "proletários e descamisados", não conseguem perder de vista o poder, o prestígio e o dinheiro que institucionalmente a Ordem dos Advogados move e faz mover.
O fenómeno Marinho e Pinto é claramente um fenómeno que corre contra grupos e figuras que durante décadas dominaram a seu bel-prazer e a seu interesse os destinos da Ordem dos Advogados.
Marinho e Pinto não vai ter seguramente vida fácil nos próximos tempos, estando os seus adversários, dos mais variados quadrantes sociais, políticos e outros, dispostos a colocar em causa a independência e até a própria sobrevivência da Ordem dos Advogados.
Para muitos deles pouco importará que o mundo arda, melhor assim que ver triunfar a liberdade, a democracia e até a própria Justiça, tudo para eles é admissível desde que os seus interesses financeiros, e outros ainda mais obscuros, não sucumbam em mãos alheias.
Ora, a Justiça ainda é mais claramente um vasto mundo em que se entrecruzam grupos e interesses ainda mais invisíveis que não aceitam nem cortes radicais com o passado recente e muito menos se compadecem com um activismo de denúncia do contemporâneo enorme pantanal do Estado e dos Tribunais portugueses.
Aliás, a recente renúncia do Secretário da Justiça João Correia e o seu bater de porta, com a denúncia de que certos sectores do Partido Socialista não convivem nada bem com uma Magistratura livre e independente e a soberania escrupulosa e rigorosa da aplicação da Lei por Tribunais independentes, avisa-nos que nos iremos deparar pela frente com tempos conturbados no funcionamento do aparelho da Justiça.
Liberdade para Liu Xiaobo.
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Todo o futebol nacional português, que vai desde a má qualidade do futebol praticado em campo, passando pela falta de fair-play, à falta de postura e cavalheirismo dos seus intervenientes e actores principais, aos arruaceiros espectadores dentro e fora de campo, aos fanáticos e facciosos doentes simpatizantes e sócios que fazem comentários irracionais a favor e contra as equipas, pelos dirigentes corruptos, criminosos e puteiros, pela miséria humana e fome que muitos chefes de família fazem causar aos filhos e às suas famílias, aos dinheiros escandalosos com que uns poucos se enchem à custa de milhares de parvinhos, etc etc, ou seja e afinal de contas, toda a grande porcaria que ele vale e merece, há-de com isso morrer em breve sem glória nem honra algumas, e os seus monstruosos estádios vazios mais não hão-de servir, num futuro próximo, do que para lembrar vivamente todo um fenómeno colectivo e um conjunto de indivíduos doentes e alienados a evitar em qualquer sociedade humana evoluída.