A mentalidade deste Governo, quando corta nos salários da função pública e prefere manter a frota de luxo de automóveis dos boys e girls, é a mesma daquela conhecida de uns quantos e certos empresários portugueses que preferem ter os salários em atraso dos seus empregados e, em contrapartida, manter em dia o luxo dos seus ferraris.
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Especialistas nacionais vêm dizer que caso o Estado adotasse o software livre podia poupar anualmente qualquer coisa como mais de 100 milhões de euros.
Mas não o faz e ninguém consegue obter por parte dos sucessivos Governos uma plausível e séria justificação para este facto.
Num momento de grandes apertos e de grandes sacrifícios este é mais um escândalo e uma absurda despesa a juntar a tantas outras, que ninguém entende.
Mas, digam lá se o Governo mente, ou não quando, diz que para poupar já só pode começar a cortar no Estado Social?
Afinal parece haver muitas despesas sumptuárias e supérfluas que nenhum Governo quer tocar e ninguém sabe porquê.
Então, afinal, porquê o interesse do Estado em alimentar empresas estrangeiras de software sem nenhum retorno económico para Portugal?
Ora, portanto, evidências são demais para se perceber que lidamos da parte do Estado, como podemos concluir, tão-somente, com demasiada corrupção!
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O défice do subsetor do Estado voltou a agravar-se em Setembro último, estando agora em 5.153 mil milhões de euros!
Portanto, não admira que o Governo agrave a carga fiscal, pois na verdade a corrupção e o clientelismo de Estado são cada vez maiores estão cada vez mais vorazes.
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O Tribunal do Barreiro, declarou por meio de Acórdão, após o julgamento de dois sujeitos acusados e funcionários das firmas inglesas Smith e Pedro Consultores Associados, Lda. e da "Freeport Leisure Portugal, SA", por prática de alegados crimes de extorsão, dos quais foram absolvidos, que a investigação e o processo de inquérito, conhecido pelo Processo Freeport, às suspeitas de eventuais ilícitos praticados e nos quais estaria alegadamente envolvido José Sócrates, o ex-1.º Ministro e então Ministro do Ambiente à data dos factos levados a julgamento, foi no mínimo “sui generis” e que ficaram “estranhamente” por investigar muitas indícios daqueles indícios.
Em suma, o Ministério Público, sai do dito processo, segundo mesmo tribunal, posto em causa e, no mínimo, a sua credibilidade fica seriamente afetada e, esta magistratura em particular, posta seriamente em causa e no final muito chamuscada.
Nós ficamos com uma séria dúvida: o Ministério Público vai aceitar ficar calado e quedo perante este acórdão judicial, que o coloca em cheque e põe gravemente em causa as suas competência e capacidade para investigar, acusar e levar à barra dos tribunais os muito prováveis sujeitos e autores suspeitos, no caso José Sócrates o ex-1.º Ministro e seus comparsas, da prática de graves ilícitos de corrupção e tráficos de influências?
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Vivemos verdadeiramente todos uma sociedade desequilibrada e doente; senão digam lá como é que podemos aceitar o ressurgimento do fenómeno da habitação em bairros de lata e, em contrapartida, cresça o número de várias dezenas de milhar de casas novas, sem compradores, ou quase novas, devolutas por falta de pagamento aos bancos?
Ora, isto não é normal, nem digno de uma sociedade dita civilizada!
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Neste época de profunda crise das instituições e, especialmente, crise económica, o pretendente Real, Duarte Nuno de Bragança e os seus acólitos, oferecem-se como uma pretensa e possível, para melhor, segundo o seu dizer, alternativa ao presente estado de coisas.
Cá por mim já lhes ficaria muito grato, e especialmente ainda muito mais os novos sem-abrigo, pessoas recém-desempregadas e que ficaram sem meios de cumprir os seus pagamentos de prestações de habitação aos bancos que agora muitos deles vivem debaixo da ponte ou nos novos bairros da lata, se a “Casa Real e Bragança” acudisse à sua situação, colocando só que fosse ao dispor gratuitamente destas pessoas e das suas famílias 10% dos seus imóveis devolutos e desabitados.
É que, como é sabido, a Casa de Bragança é uma das maiores proprietárias imobiliárias particulares de Portugal e podia, sem dúvida, começar por ajudar e a dar o bom exemplo de resolver este grave problema social e humano.
Portanto, bastava que a Casa de Bragança desse o bom exemplo, dispondo gratuitamente de 10% da sua propriedade imobiliária que não usa, portanto uma décima parte das casas que estão desocupadas livres e colocando-as ao serviço dos portugueses que mais sofrem as agruras de viverem em más condições de habitabilidade, na rua, ao vento, à chuva e ao frio.
O pretendente a rei, para começar bem a sua candidatura à reclamada mudança de regime daria um ótimo exemplo de desprendimento ao “próximo” e uma boa publicidade ao seu elevado carácter e, portanto, um excelente exemplo de um futuro Chefe de Estado, caso fizesse um tamanho ato altruístico como este.