Uma copa.
É um rio profundo e escarpado desnudando-se
Tem as formas e um sulco marcado
São montes que o abraçam e cobiçam
Corre neles a água de um desejo
O seu convite e o seu banho proibidos e permitidos
Fomos crianças e ainda somos nestas sombras
São verdejantes campos de imaginação
Vão na vida como sementeiras de amor
Um rio assim nasce e certamente desagua por afectos.