O problema da nossa democracia não é a democracia.
O problema português é a falta de uma verdadeira democracia, ou seja, de uma democracia cívica e de pessoas.
O cancro da democracia portuguesa da III República, implantada após 25 de Abril de 1974, é o modelo do partidarismo e o seu controlo absoluto sobre as instituições e os órgãos de soberania.
O problema não é o processo ou o procedimento democrático, mas é sim o produto cultural e educacional que as democracias ocidentais estão a gerar e causados essencialmente pelos partidos políticos.
Mas se já tomarmos em atenção as democracias nórdicas ou da Suíça, e mais duas ou três no mundo, nas quais existe uma forte componente cívica e individual e os partidos políticos têm um papel secundário, portanto estas que são democracias liberais propriamente e substancialmente ditas e já não democracias partidárias, nessas, em regra, são escolhidos os melhores candidatos.
Nesses países não encontramos os problemas económicos, sociais e políticos que verificamos presentemente nos países do Sul da Europa e os que bem sabemos em Portugal.
Portanto o problema, nosso, é o modelo de democracia partidária.
Que aliás nem democracia é, porque o que bem sabemos e vemos é a mesma plutocracia partidária instalada há 38 anos e nenhum rotativismo político e ideológico sequer existem em Portugal.
Enquanto as democracias ficarem exclusivamente entregues modelos de partidocracia gerar-se-ão necessariamente e sempre as máfias, a corrupção e o compadrio que emergem naturalmente dos Partidos Políticos.
Portanto é a partir dos partidos políticos que se gera a anti-democracia ou a falta da democracia.
Criem-se é sim e rapidamente os círculos uninominais e as candidaturas pessoais a uma Casa da Democracia, fazendo-se a sua apresentação sempre fora dos partidos, e os problemas políticos e económicos de Portugal resolver-se-ão rapidamente.
Liberte-se sim o povo português dos partidos políticos e o desenvolvimento e a felicidade chegarão rapidamente a Portugal!