Daqui por cem anos indagarão pela nossa época, os nossos estado, ânimo e costumes.
De 2018 enviamos os nossos melhores votos e desejos, também as nossas dúvidas e angústias, das mais triviais às mais pertinentes, quiçá, para que com alguma máquina de viagem no tempo, esses homens e mulheres do futuro, nos possam vir responder.
Assalta-nos desde logo a dúvida existencial sobre a nossa nacionalidade e o nosso país, ainda existirá Portugal, enquanto entidade independente e soberana, nesse futuro mundo global e das superpotências?
O Salário Mínimo Nacional, agora de meros 580 euros, uma remuneração de fome, será que daqui por 100 anos já terá atingido um montante e um patamar dignos para a mínima qualidade de vida de um assalariado?
O hidrogénio terá substituído a gasolina e do diesel, nos postos de combustíveis os veículos serão abastecidos de água engarrafada e os elétricos carregarão exclusivamente com painéis fotovoltaicos?
A fábrica Autoeuropa, posta hoje em causa na sua sobrevivência pela luta política e sindical, ainda laborará em Portugal, ou há muito já terá fechado as suas portas e abalado para outro destino?
A imensa dívida pública portuguesa, de que hoje o Estado Português se autossustenta e nos parasita, aumentando a mais de 9 milhões e 500 mil euros por dia, já terá sido totalmente paga por esses tempos? Ou Portugal terá trocado a sua independência para pagar a irresponsabilidade dos atuais governantes?
Que avaliação merecerá o Primeiro-Ministro de Portugal deste tempo, de nome António Costa, que se atreveu a dizer um dia que este foi um ano "saboroso", perante mais de 110 portugueses mortos queimados vivos pelos gravosos incêndios florestais e abandonados pelo Estado à carnificina?
Em 2118 o Estado Português já terá abandonado o oneroso dispêndio do dinheiro dos contribuintes no aluguer dos meios aéreos de combate aos incêndios florestais aos privados, e terá entregue às suas Forças Armadas a proteção e a segurança do seu povo e dos seus bens?
E a Partidocracia corrupta portuguesa, as empresas públicas deficitárias, os milhentos de impostos para sustentar o Estado Português clientelar, burocrático e corrupto, causadores de fome e carências a mais de 500 mil crianças e 2,5 milhões de pobres portugueses, nesse ano 18 do século XXII terão já cessado, e todos os portugueses viverão no seu país em pé de igualdade, em democracia, com a dignidade e a qualidade de vida e orgulho que merecem?
Que Portugal e portugueses teremos nas décadas e nos séculos vindouros, o que de diferente, para melhor e mais positivo, seremos e teremos?
Portugal, em 2018.
A minha crença na futura vitória da comunidade e, por outro lado, na destruição do Estado, o que já só por si será um grande mérito, não se confunde em nada com a anarquia convencional, a qual não aprecio, mas tem muito para demonstrar o Estado como um mal desnecessário.
Os atuais problemas de Portugal jamais terão solução por meio de técnicos ou académicos, sejam eles economistas, advogados, cirurgiões, constitucionalistas, neutro-cirugiões, ou quaisquer outros. Os problemas de Portugal só terão solução por meio de corajosas pessoas que tenham a ousadia de revolucionar, rompendo com o situacionismo, o politicamente correcto, os podres e hipócritas consensos desta sociedade.
Da actual Constituição da República Portuguesa, de uma ponta à outra, há muito que os portugueses concluíram que se trata de uma pura incongruência e uma fantasia irrealizável.
Isto para além de a considerarem também contraditória em muitos dos seus pontos com a realidade e, pior ainda, irrealizável em relação ao país desenvolvido que os melhores portugueses desejavam e desejam para Portugal.
Passaram-se mais de 35 anos desde a sua aprovação e vigência e os portugueses em geral concluem agora, com certeza, absoluta, que a Constituição ultrapassou todos os piores receios.
Constatamos, muitos de nós, agora o estado em que miseravelmente Portugal se encontra e que, em muito, fala pelo balanço da vigência de tal texto político, das suas instituições e de todo o sistema que criou: um país inteiro colapsado.
Não bastando tal, mas decerto que eles se bastam bem a si mesmos e às suas clientelas, os Partidos políticos da esquerda portuguesa com assento parlamentar, começando no PSD e acabando no PCP, passando pelo PS, BE, pelos Verdes e demais grupelhos políticos, teimam num passado ideológico e programático, nada mais, nada menos do que, de resultados amplamente provados de destrutivos para Portugal.
Os actuais partidos políticos com assento na Assembleia da República, que formam o espectro do poder, insistem e persistem na sua teimosia, na sua arrogância e na sua cegueira, mostrando-se cruelmente indiferentes ao sofrimento de milhões de portugueses, mostrando-se assim alheios, deste modo e por meio das suas condutas públicas, ao progressivo desalento e à crescente destruição de Portugal e das famílias e dos jovens portugueses.
Face à iminência da até já admitida e possível perda de independência de Portugal, um expressivo número de portugueses apelam já hoje a todos os corajosos e genuínos democratas portugueses, ainda existentes em Portugal, instando-os a baterem-se pelo futuro e pela liberdade de todos nós, em nome e pela honra do sangue derramado dos "egrégios" avós, que tomemos o nobre e valente esforço pela derradeira salvação de Portugal.
Ora, nós os portugueses preocupados e angustiados não esquecemos, antes sentimos no nosso bater do coração e do sangue que pulsa nos nossos corações pela História, pelos antepassados, e pelos presentes filhos e bem assim como pelo futuro de Portugal.
Para os democratas portugueses basta já de destruição, de insensibilidade, de miséria, de sofrimento e da agonia profunda pela qual passa a Portugal inteiro de lés a lés.
Nós os democratas de boa e recta consciência, que trazemos no coração o pesar e o sentido de Portugal, é a hora de nos levantar e lutar esforçada, mas e sempre meritória e dignamente, pela independência, pela liberdade e pela democracia da nossa pátria, pela vida e pelo futuro da nossa língua e pela dignidade ímpar da alma portuguesa, propugnando sem desfalecer e sem nunca temer por um novo e radioso futuro de Portugal.
Pela salvação de Portugal, exigimos o nosso lugar e a nossa continuidade na História Universal.
Passaram já 868 anos da fundação de Portugal, e a esperança por um brilhante futuro Portugal é uma certeza entre nós, querendo-o nós por muitos e muitos mais anos e sem cessar.
Nós não desistimos e nós não vacilamos.
O nosso empenho e o nosso caminho são a certeza da nossa esperança e da nossa entrega, sem contrapartidas mas e só pela certeza do futuro dos portugueses e de Portugal.
Por Portugal, tudo.
Viva Portugal!
Há um recanto no espaço entre este arvoredo
Por aqui onde se enrolam e abraçam os ramos
Neste canto há uma vida encoberta, contudo
Aqui mesmo correram vidas, correm dias e correrias
Neste dia e nesta noite há aqui uma luz cantando
A uma só voz são perspectivas se digladiando
Vou neste caminho nesta passagem
Vou nesta vereda nesta desfolhada
O ser é um ter de experiências e contos
Aqui há passados, presentes e vindouros
Uma vida de várias vidas fazendo a sua natureza.
Há aqui um recanto e nele abundam vidas
O sol espreita lá de cima e entre as ameias
Dias não são dias nem são, e
Nem só de pão são feitas as nossas tristezas
Noites não são dias nem de noite, e
Nem só da fartura nem da alegria não
Tenho dias e não tenho, dias são
Tenho o meu canto e me canta e me cansa
Pode até chover e haver dúvidas neste recanto,
Mas seguramente eu juro e não devo, exijo
Há-de haver onde se façam o seu sol e as suas respostas.
Não admira que a sociedade ocidental esteja na ruína, sem esperança, sem fé nem ânimo e não saiba qual o caminho a tomar para o futuro.
Tomara: uma sociedade que tanto se fia, confia e baseia nas meras aparências, no consumo e no materialismo só pode terminar no esgotamento, no desastre, em coisa nenhuma e no seu próprio fim!
Afinal, quem quer mudar de vida?
Num novo artigo, por si assinado, o conhecido astrofísico Stephen Hawking vem dizer agora que se deve mandar a humanidade para o espaço. E já.
Diz ele que única hipótese de sobrevivência para a espécie humana é a colonização espacial nos próximos 100 anos.
Eu respondo-lhe e digo-lhe, sem pestanejar: Stephen Hawking tornou-se num novo pessimista, num novo derrotado. Está acabado.
O que ele nos vem dizer mais não é do que a sua própria falência e a já sua manifesta falta de capacidade para dar mais algo de novo à Humanidade, à ciência e ao conhecimento humano. Está acabado e mostra sinais de estar terminado, falido de ideias e nada mais tem a acrescentar, do que o seu mero delírio fantasista ou da pura ficção. Decepciona-me, ou talvez não. Só vem, mais uma vez, mostrar, que os cientistas não percebem, e raros foram aqueles que perceberam, mesmo onde se encontra a solução para os problemas do Homem: está no próprio Homem e nas suas infinitas capacidades mentais e espirituais. Stephen Hawking, como o comum dos seres humanos, bem como aquilo que é hoje é o comum e global pensamento humano, vive sem credo nem crédito na espécie humana e no seu semelhante. Vive virado para o egoísmo, para o umbigo e para o mero consumismo e materialismo. E como está só concentrado em si, logo limitado pelos sentidos, não percebe mesmo que só pela via da solidariedade humana, pela partilha, pelo amor ao próximo, pelo aprofundamento do espiritualismo, e pelo encontro de Deus nos Homem, o ser humano poderá conseguir superar os desafios do seu destino, da sua sobrevivência e do seu futuro neste planeta. O planeta tem capacidades e recursos infinitos para a satisfação óptima do Homem, caso sejam conjugadas com uma sua atitude positiva, de amor e construção, livre da mesquinhez, da avareza e do egoísmo por parte do Homem. Só quando todos os seres humanos tomarem a disposição, a atitude e actuação de viver em equilíbrio com os demais iguais, poderão gozar das possibilidade infinitas de gozarem na plenitude deste belo e maravilhoso planeta e dos seus recursos nos deixados por Deus criador. Sem a guerra, sem o ódio, sem a morte, afinal de contas, sem a destruição do “próximo”, do vizinho, do irmão. Porque a solução do Homem está no outro, no igual, no seu irmão, seja preto, seja branco, seja asiático, europeu, africano, pobre, rico, doente, diferente, igual, seja, seja, qualquer outro. Até lá, sim, e a continuarmos esta via e senda destrutiva, irrealista, guerreira, armada, desumana, consumista, materialista, ambientalmente desequilibrada e desprovida de um mínimo de Humanidade, sem amor e sem qualquer sentido, o Homem caminha a passos acelerados para a sua destruição.
Que país pode ser este, estar-se a transformar-se num país onde os seus jovens acham ser perfeitamente admissível, até justo e não ser merecedor de qualquer censura, ser-se corrupto, mafioso ou desonesto? Como podemos nós aceitar neste solo estar-se a transmitir ás novas gerações um pensamento de permissividade ao egoísmo, à desonestidade, ao materialismo, ao oportunismo e ao "salve-se quem puder" e a qualquer custo? Como pode isto ser possível? Ora, em nome e em respeito ao sacrifício dos muitos homens e mulheres que levaram aos setes cantos do mundo a língua de Camões, dos que outrora semearam, acarretando terra com as suas próprias mãos, as serras pedregosas de Portugal, aos que verteram o seu sangue pela defesa da liberdade do pátria portuguesa, pelo presente e futuro das nossas crianças e dos vindouros, é tempo de dizer basta aos bandidos que mancham a nobre História deste Povo tão valente. Não podemos aceitar tamanha derrota de Portugal. Portugal tem que sobreviver a este tempo tão vergonhoso. Não nos podemos contentar com este descontentamento. Levanta-te Povo de Portugal, vamos para as avenidas, ruas e praças, e vamos todos dizer de peito aberto, sem medo e a viva voz: Basta de vergonha! É tempo de mudar! Viva Portugal!