Ideias e poesias, por mim próprio.
Sexta-feira, 3 de Outubro de 2014
Os impostos são o preço dos vícios públicos

Para se explicar os impostos, como qualquer outro tipo de exploração humana, têm de ser perceber as suas causas, os seus meios e fins.

Os impostos como atividade de parasitagem e exploração de pessoas (parasitas) sobre pessoas (vítimas, parasitados), são, fundamentalmente, causa de sacrifícios de uma minoria a benefício de uma maioria.

Os impostos são meios de usura para quem deles beneficia: uma minoria - os governantes e os burocratas - pelo património e riqueza por si adquiridos, e uma maioria - os ociosos e os demais parasitas – que sobrevivem sem produzir.

Não há despesismo e desperdício públicos sem impostos.

E a deficiente qualidade da atividade dos políticos e dos governantes, produtores de dívidas e défices públicos, vive na proporção inversa do volume cobrado em impostos, taxa e tributos.

Quanto mais ambiciosos e maiores forem os fins dos respetivos programas políticos (comunismo, socialismo, social-democracia e intervencionismo estatal) propagandeados, maior será o volume de impostos a cobrar aos contribuintes (explorados).

Quanto maior for o volume (da rapina) de impostos, taxas e custos públicos suportados pelos contribuintes maior será a extensão do rédito dos meios políticos.

Como um dia escreveu Milton Friedman: “se os políticos administrassem o deserto, em poucos anos, a areia desapareceria”.

Os impostos são a expressão visível da ganância e da má-vida do Estado e dos seus funcionários.

Os impostos são os vícios do Estado e para o povo comum são a justa medida de punição dos indivíduos mais ambiciosos.

Os impostos são o expediente pelo qual a sociedade torna natural a desigualdade, colocando os cleptocratas decidindo da sorte do património, da propriedade e do rendimento alheios.

Em Portugal os impostos nunca baixarão para níveis humanamente suportáveis até que duas leis essenciais para a transparência e responsabilização da vida política e o controlo do património dos políticos não sejam criadas: a primeira, a lei de responsabilização civil e criminal por atos ilícitos e danosos cometidos no exercício de cargos públicos, e a segunda, a lei da criminalização do enriquecimento ilícito dos titulares dos cargos públicos. 

Seguramente, os impostos são o preço do prostíbulo que os cidadãos de um Estado são colocados a pagar.

 

(artigo do autor publicado na edição de 1 de Outubro de 2014 do mensário regional Horizonte, de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)

 

 

 

 



publicado por Sérgio Passos (twitter: @passossergio) às 12:31
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4 comentários:
De Rui Tojal a 10 de Outubro de 2014 às 00:05
O autor tem notoriamente uma visão anti-socialista.
Está no seu direito.
Mas convém que a generalidade das pessoas saiba 2 ou 3 coisitas:
1º Saiba que normalmente estas conversas anti-impostos escondem interesses de grandes privilegiados. É por ex. sempre a conversa dos "republicanos" nos EUA, acentuada ainda mais pela sua ala direita, o famoso e fascizante "tea party" e o mesmo em geral com todos os partidos conservadores e de direita
2º Saiba que o problema não esta em cobrar impostos, está em eles serem bem ou mal utilizados. Na Suécia e demais países nórdicos (e até na Alemanha, na Austria, etc.) os impostos atingem dos nívels mais elevados do mundo; e parece que o pessoal por lá não se queixa muito, eles gostam de ter escolas, saúde e infantários de graça, bons transportes públicos, proteção na velhice - tudo coisas secundárias aqui para os nossos amigos conservadores
(seria mais correcto dizer "reacionários", mas o confusionismo não diminuiria, já que a linguagem tal como o ambiente natural estão cada vez mais polúidos e abandalhados pelo sistema que estes senhores pró-"iniciativa privada"; ou seja, que adoram que a ganância e a safadeza humanas tenham livre curso, em vez duma sociedade racional, lógica, humanizada e realmente livre que se chamaria socialismo...
...que, infelizmente, devido a estarmos no séc XXI em termos de tecnologia mas em valores e consciência ainda estarmos nas trevas, até hoje nunca foi possível construir.
Houve meia dúzia de tentativas mas, tal como as primeiras experiências com balões, aviões e outros artefactos aéreos deram em desastre, também essa experiẽncias socialistas correram mal.
Donde os nossos amigos reacionários concluem todos contentes: É impossivel voar!
:)


De Sérgio Passos (twitter: @passossergio) a 10 de Outubro de 2014 às 01:02
Meu caro, acrescento: não há dinheiro público, há dinheiro dos contribuintes!


De Rui Tojal a 10 de Outubro de 2014 às 20:23
Os contribuintes não são um corpo homogéneo, uns não têm hipótese de fugir aos impostos , outros - o s grandes tubarões - têm imensas hipóteses criadas pelo próprio sistema.

Parabéns aos think tanks capitalistas pagos a peso de ouro lá nos states para afinarem essas estratégias ilusionistas o grande público, que alguns, consciente ou inconscientemente, repetem mecanicamente.

Para os tubarões globais, valem o peso em ouro.


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