Ideias e poesias, por mim próprio.
Quarta-feira, 27 de Abril de 2016
Politicamente correcto e a "nova língua": o neo-fascismo

O “politicamente correto” é uma política que consiste em tornar a linguagem neutra em termos de discriminação e evitar que possa ser ofensiva para certas pessoas ou grupos sociais, como a linguagem e o imaginário racista ou sexista.

Os defensores do "politicamente correto", em tese geral, têm como objetivo tornar a linguagem mais neutra e menos preconceituosa.

Vejam-se os exemplos em diversas áreas, em que é típica a utilização de termos masculinos para situações que se aplicam tanto a homens como mulheres.

Um exemplo do politicamente correto é a substituição do comum "Tribunal Europeu dos Direitos do Homem" pela frase neutra em termos de género de "Tribunal Europeu dos Direitos Humanos" (como acontece em inglês, por exemplo).

O conceito filosófico do politicamente correto é que ao evitar a utilização destes termos discriminatórios estaremos a trabalhar para uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

A crítica surge em face de um conjunto monolítico de atitudes, consideradas como corretas, que são muitas vezes impostas de um modo inflexível e sem humor.

Os seus detratores afirmam que além de ser inflexível e sem humor, muitos ainda notam como uma nova forma de fazer censura, sendo que sem punições, apenas usando como parâmetro que certas palavras não devem ser usadas e como um desserviço à liberdade de expressão.

O termo tem a sua origem na religião, mais especificamente na religião católica.

A diferença é que, no caso católico, “incorreção política” significa estar em desacordo com as ideias políticas da Igreja Católica, já no presente caso, “politicamente incorreto” é aquilo que gera exclusão.

E, justamente por se tratar de uma sociedade aberta, o conteúdo do que é “politicamente correto” está sujeito a mudanças por meios democráticos.

A linguagem politicamente correta leva-nos a pensar em uma série de aspetos a respeito do funcionamento da linguagem.

Ora, o uso de uma linguagem não marcada por fortes conotações pejorativas é um meio de diminuir comportamentos preconceituosos ou discriminatórios.

Porém, é preciso atentar para dois aspetos.

O primeiro é que o cuidado excessivo na busca de eufemismos para designar certos grupos sociais revela a existência de preconceitos arraigados na vida social.

Se assim não fosse, poder-se-ia empregar, sem qualquer problema, por exemplo, o vocábulo negro, sem precisar recorrer à expressão afro-descendente.

Em segundo lugar, os defensores da linguagem politicamente correta acreditam que existam termos neutros ou objetivos, o que absolutamente não é verdade.

Todas as palavras, ensina Bakhtin, são assinaladas por uma apreciação social.

Considera-se que os termos bicha, veado, fresco são mais preconceituosos que a designação gay.

Isso é parcialmente verdadeiro, pois os três primeiros estão marcados por pesada conotação negativa.

Na verdade, um termo funciona num discurso e não isoladamente.

Por isso, nem todos os usos do vocábulo negro com valor negativo denotam racismo. Por exemplo, dizer que há racismo na expressão “nuvens negras no horizonte do país” é um equívoco, porque o sentido conotativo de “situação preocupante”, que aparece no discurso político ou econômico, está relacionado à meteorologia, nada tendo a ver com raças ou etnias.

Na verdade, considerar que a palavra exerce sua função independentemente do contexto é afirmar então que as expressões passar em branco todos aqueles anos ou dar um branco, no sentido de “passar sem ter realizado coisa alguma aqueles anos” ou “sofrer uma incapacidade de lembrar ou de raciocinar” são racistas.

Na verdade, não são.

A mesma coisa ocorre com as expressões: “ficou numa situação esquerda” (= desfavorável) ou “lançou um olhar esquerdo” (= de má vontade), que se relacionam à incapacidade de a maioria das pessoas usar os membros esquerdos e não a uma determinada posição política.

Entretanto, como sói acontecer nesses casos, o tiro em muitas situações o efeito foi o contrário: o que era uma sadia reação aos preconceitos e à discriminação tornou-se caricatural, debochado, tosco.

Não poucas vezes, ridículo!

Uma outra coisa que produz efeito contrário ao pretendido é o uso de eufemismos francamente cómicos, quando a língua não possui um termo “não marcado” para fazer uma designação que é vista como preconceituosa: por exemplo, dizer “pessoa verticalmente prejudicada” em lugar de anão; “pessoa de porte avantajado” em vez de gordo; “pessoa em transição entre empregos” por desempregado.

Isso gera o descrédito para os que pretendem relações mais civilizadas entre as pessoas.

Por isso, as piadas já começam a surgir.

Tal e qual o conhecemos atualmente, o politicamente correto representa a entropia do pensamento político.

Como tal, é de impossível definição até porque carece de um verdadeiro conteúdo.

Seu fundamento básico é aquele do vale tudo.

Nele encontramos restos de um cristianismo degradado, de um socialismo reivindicativo, de um economicismo marxista e de um freudianismo em permanente rebelião.

O politicamente correto consiste na observação da sociedade e da história em termos maniqueístas.

O politicamente correto representa o bem e o politicamente incorreto representa o mal. O politicamente correto não atende à igualdade de oportunidade alguma no ponto de partida, senão, ao igualitarismo nos resultados no ponto de chegada.

Ninguém inventou o politicamente correto: ele nasceu como consequência da decadência do espírito crítico da identidade coletiva, quer seja esta social e nacional, quer seja religiosa ou étnica.

O politicamente correto é de uso comum entre os intelectuais desarraigados, porém como é contagioso, é normal que outras pessoas estejam contaminadas sem que por isso estejam conscientes disso.

A desintoxicação é difícil, na medida em que vivemos em um mundo no qual os meios de comunicação adquiriram uma importância desmesurada e são precisamente estes os encarregados do contágio massivo.

Por exemplo, há que dizer “ “surdo” em lugar de “deficiente auditivo”, “velhice” em lugar de “terceira idade”, “masturbação” em lugar de “auto-ajuda”, “adúltero” em lugar de “pessoa casada com atividade sexual paralela”.

Um gago nunca será um loquaz intermitente!

Os estragos produzidos pelo politicamente correto consistem fundamentalmente em confundir o bem e com o mal, sob o pretexto de que tudo é matéria opinativa.

O politicamente correto está contaminando toda a cultura e criando uma nova e dissimulada forma de censura, muito pior porque hoje a censura é velada; é a censura do politicamente correto.

E uma das principais vítimas é o humor, o humor escrito e o falado.

Humor que pede licença não é humor.

Cada vez mais grupos, grupelhos, guetos, classes, pessoas públicas e privadas reivindicam imunidade contra a crítica.

Experimente chamar um homossexual de veado, bicha, abafador ou qualquer outra expressão similar; você logo será acusado de homofóbico - como se ser homofóbico fosse um crime.

Uma pessoa politicamente correta considera-se a si mesma tolerante, porém não pratica a tolerância…

É verdade que o politicamente correto nos espreita e se apresenta sempre com argumentos inocentes e de fácil assimilação.

Trata-se de rechaçar sua inocência e repudiar essa facilidade de assimilação.

É necessário, do mesmo modo, prevenir-se contra o mimetismo de falar como os demais.

Repito ainda o risco de parecer pesado, o vocabulário politicamente correto é o principal veículo de contágio.

Em qualquer caso, há que afirmar que o politicamente correto é uma fé débil e que, como tal, não resiste a uma enérgica aplicação do espírito crítico.

Não temos que ser submissos aos sentimentos e opiniões generalizadas: o espírito contraditório mais obtuso vale sempre mais do que a livre aceitação do pasto mediático.

O politicamente correto prepara o terreno de forma ideal para as operações de desinformação e para a expansão da globalização.

Quando todo o mundo acreditar que as verdades podem ser objetos de truque, de que não existem nem verdades nem mentiras, o mundo estará preparado para receber a mesma propaganda, de participar da mesma pseudo-opinião pública fabricada para consumo universal.

E esta pseudo-opinião pública aceitará qualquer ação, inclusive as mais brutais que indefetivelmente irão em benefício dos manipuladores.

A linguagem, a capacidade de comunicação através da palavra, é o aspeto mais característico da espécie humana.

A linguagem, porém, não serve só pra comunicação.

Ela é também um veículo de crenças, de valores, de paradigmas comportamentais, de ação, e, como tal, tem uma história.

O domínio do politicamente correto é chato, muito chato.

Tão chato que chega a causar arrepios: por causa do politicamente correto, já ninguém mais chama ninguém de corrupto ou ladrão, mas de pessoa com falta de ética.

As palavras ferem e, como diz o poeta “as lágrimas não cicatrizam”.

Por isso, para criar um mundo melhor, é importante usar uma linguagem que não machuque os outros, que não revele preconceitos, que não produza discriminações.

É necessário, porém, que, para ter eficácia, esse trabalho sobre a palavra respeite a natureza e o funcionamento da linguagem.

O caminho mais adocicado pra impor a ditadura moderna e eliminar todo e qualquer tipo de oposição criativa inteligente vem com o politicamente correto.

O neo-fascismo e os neo-fascistas, disfarçados e apesar de ocultos sob cínicas capas, desde as mais brancas às mais vermelhas, passando pelos mais oportunistas capitalistas, social-democratas, marxistas, pragmáticos, ladrões, proxenetas, prostitutas/os, viciados, afinal e em resumo, não mais do que criminosos das mais variadas espécies, estão bem presentes.

 

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publicado por Sérgio Passos (twitter: @passossergio) às 09:36
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Segunda-feira, 25 de Abril de 2016
As “cifras negras” da III República Portuguesa 1974 - 2016: 42 anos de cleptocracia, nepotismo e corrupção contra o povo português

PIB de Portugal em Fevereiro de 2016: 179.409.600.000,00 € (fonte: Banco de Portugal).

Crescimento do PIB: 0.96% de 2000 até ao final de 2013, ou seja, no espaço de 14 anos o PIB regrediu, recuando aos níveis do ano de 2000. Crescimento de 0,91% do PIB em 2014, e 1,46 em 2015. (fontes: Banco de Portugal e Pordata).

Dívida Pública em Fevereiro de 2016: 215.000.000.000,00 €. A maior dívida per capita do Europa e a 6ª maior dívida do mundo rácio de PIB. Rácio dívida pública/PIB: 129,24%. Aumento diário da dívida pública em Fevereiro de 2016: 23.525.233 € dia. A 25 de Abril de 1974 a dívida pública equivalia a cerca de 14% do Produto Interno Bruto, correspondendo a preços de então a 304 milhões de euros e a preços de hoje seriam 10 mil milhões de euros.

Evolução da dívida líquida: Dezembro de 2010: 158.736 mil milhões de €; Dezembro de 2011: 170.904; Dezembro de 2012: 187.900; Dezembro de 2013: 196.304; Dezembro de 2014: 208.128 M€; Dezembro de 2015 : 217.709 (fonte: Banco de Portugal)

Juros da Dívida Pública em Fevereiro de 2016: 3,46% do PIB com a despesa com juros e outros encargos da administração central, para os 7,456M€ € milhões de euros (fonte: Orçamento Geral de Estado).

Total da dívida nacional portuguesa em Fev. de 2016: € 744.608.000 (435,5% do PIB)

Reservas de Ouro do Banco de Portugal em 2016: 382.509,58 kg em 31 de Dezembro de 2014, sendo que em 25 de Abril de 1974 eram 865.936 kg de ouro. Ou seja, em 36 anos foram alienadas 483.426,42 kg de ouro das reservas do BdP, o que dá uma média de gasto anual de 13.428,5 kg (fonte: Banco de Portugal).

Défice das Contas Públicas em Fevereiro de 2016: O INE apurou um défice orçamental em final de Fevereiro de 5,804 M € corresponde a 3.4% do PIB projetado para 2016 (fonte: INE).

Encargos do Estado com as Parcerias Público Privadas em 2016: Em 2016, os encargos com as PPP deverão atingir os 1.690 milhões de euros, acima dos 1.487 milhões de 2015, devido essencialmente à subida dos encargos líquidos com as concessões rodoviárias. De acordo com a proposta de OE, em termos líquidos estas PPP vão representar encargos de 1.206 milhões de euros, mais cerca de 200 milhões do que em 2015, ou seja, mais 20%. As previsões do Executivo apontam para um aumento dos encargos brutos para 1.537 milhões e para uma redução das receitas para 330 milhões face a 2015. (Fonte: Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP)

População residente em 1 de Janeiro de 2016: 10.374.822 pessoas, das quais 4.923.666 eram homens e 5.451.156 eram mulheres, traduzindo uma taxa de crescimento negativa, de 2015 em relação ao ano anterior, de -0,50%. (fonte: Instituto Nacional de Estatística).

População ativa (dos 15 aos 64 anos) em 2016: 5.195.200 pessoas (em 2012 era 5.414.300 (fonte: Instituto Nacional de Estatística).

Funcionários Públicos em Novembro de 2015: 649.294 funcionários nas administrações central, local e regional, um aumento de 0,3% em comparação com o ano anterior. (fonte: Direção-Geral da Administração e do Emprego Público).

Desempregados em 1 de Abril de 2016: 12,6%: 622.200 desempregados inscritos nos Centos de Emprego, e 31% nos jovens de 15 a 24 anos, segundo o INE. Segundo dados da CGTP-IN, sobem a 19,1%, incluindo os 280 mil inativos que o INE exclui sistematicamente das estatísticas. No total serão 993.300 mil desempregados em Portugal, tendo aumentado a percentagem de precários e desempregados na força de trabalho, segundo a Confederação Geral dos Trabalhadores de Portugal-Intersindical.

Um terço dos jovens encontra-se atualmente desempregados, situando-se a sua taxa em 31%, contra 16,6% na média da União Europeia (Fonte OCDE).

A estimativa provisória da população desempregada em 1 de Abril de 2016 é de 4.453.400 pessoas.

Número oficial de emigrantes portugueses em 2016: O país da União Europeia com o maior número de emigrantes: 2.355.000 milhões (INE). 360 mil portugueses emigraram nos últimos cinco anos. O total de portugueses e luso-descendentes até à terceira geração soma cerca de 31,2 milhões de pessoas no mundo, se não fosse a emigração, Portugal teria neste momento mais de 40 milhões de habitantes. O número de emigrantes portugueses passou, aqui, a rondar os 2,3 milhões, um número que correspondente a mais de 20% dos portugueses a viver e trabalhar fora do seu país de origem. (fonte: Observatório da Emigração).

Pobres em 2016: 1.961.122 portugueses (INE)

População em risco de pobreza permanente em 2016: 25,9% (2,6 milhões portugueses) (fonte: Eurostat).

No final de 2016, 25,7% (2.8 milhões)  dos habitantes vivem com menos de 414,00 € por mês, ou sejam são os considerados oficialmente (!)  como pobres (fonte: INE).

Em 2015, 40,5% da população portuguesa, ou seja 4.25 milhões dos portugueses vivem em privação material, (dificuldade, por exemplo, em pagar as rendas sem atraso, manter a casa aquecida ou fazer uma refeição de carne ou de peixe pelo menos de dois em dois dias). (fonte: INE).

Em 2016, 14,5% da população portuguesa, 1.6 milhões dos portugueses vivem em casas sobrelotadas. (fonte: INE).

Taxa de risco de pobreza para menores de 18 anos em 2016: 25,6% (414 mil crianças) (fonte: UNICEF e INE, dados de 2014).5: 120 mil (mais 35 mil do que em 2013) (fonte: Banco Alimentar Contra A Fome-BACF). 21,8% das crianças viviam em agregados familiares com rendimentos per capita inferiores a 416,00 € mensais (INE)

População com carências alimentares diárias em 2016: 26% (2 milhões e 750 mil portugueses), passavam fome permanente durante a semana, e 14% (1,5 milhões de portugueses) e, pelo menos, um dia por semana, não conseguem obter uma refeição completa (fonte: BACF).

População com fome permanente diária em 2016: 375 mil portugueses assistidos diariamente pelo Banco Alimentar Contra A Fome (fonte: BACF).

População em privação material severa em 2016: 41% (4.3 milhões) dos portugueses vivem com dificuldade, por exemplo, em pagar as rendas em atraso, manter a casa aquecida, ou fazer uma refeição de carne ou de peixe de dois em dois dias (fonte: INE).

Portugueses sem médico de família em 2016: 1,4 milhões de portugueses (fonte: Ministério da Saúde).

Toxicodependentes em tratamento em 2016: 47.770 (fonte: Ministério da Saúde).

Portadores de HIV e SIDA em 2016: Cerca de 42.000 pessoas infetadas em Portugal (cerca de 0,4% da população Portuguesa) (fonte: UNAIDS).

Abortos praticados em 2014: 16,589. 11,2% em mulheres com menos de 20 anos, 23,6% em mulheres desempregadas. A maioria das mulheres procedeu à intervenção pela primeira vez: 71,1% nunca tinham realizado anteriormente uma interrupção, 21,9 % tinham realizado uma, 5,1 % tinham realizado duas e 1,9% já tinham realizado três ou mais no decorrer da sua idade fértil. Em 2014, haviam 201 abortos por 1000 nados-vivos. (fonte: Direção-Geral de Saúde).

Beneficiários do Rendimento Social de Inserção em 2016: há agora mais 5.235 mil pessoas a receber RSI do que em 2014, num total de 211.590.portugueses (fonte: Ministério da Segurança Social).

Indivíduos sem-abrigo em 2016: 4.420 (fonte: Instituto da Segurança Social).

Idosos vivendo na solidão em 2015: 23.000 (fonte: Censo da Guarda Nacional Republicana).

População prisional em 2015: 14.272. O número de detidos aumentou 20,6% entre 2010 e 2014. (fonte: Ministério da Justiça).

Criminalidade no final de 2015: 351.311 participações de crimes. Os crimes de furto em veículo motorizado (27.894), as ofensas à integridade física voluntária simples (24.327), a violência doméstica contra cônjuges ou análogos (22.965), a condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2g/litro (20.752), e o furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas (19.312) são as cinco categorias com mais crimes registados. 
O furto de metais não preciosos (8.451) e condução sem habilitação legal (9.767) estão entre os crimes com menos registos no ano passado. (fonte: Ministério da Administração Interna).

Taxa de cobertura de saneamento e esgotos em Portugal em 2016: 79%, ou seja, 700 mil portugueses sem esgotos e água ao domicílio (fonte: ERSAR: Entidade Reguladora de Serviços de Águas Residuais).

Orçamento da Assembleia da República para 2016: 106.000.852,00 €. Subvenções aos Partidos Políticos: 18.431.292,00 € (fonte: Assembleia da República Portuguesa).

Orçamento da Presidência da República para 2016: 16.355.000€ (mais 1.575 milhões de € do que 2015) (fonte: Orçamento Geral de Estado).

Subvenções do Estado Português aos Partidos Políticos em 2016: 29.337.762,58 €.€ (fonte: Assembleia da República Portuguesa).

Pensões especiais (chamadas popularmente de “douradas”) pagas aos políticos e ex-políticos em 2016: 9,1 milhões € (fonte: Caixa Geral de Aposentações).

Pensões douradas: há 7582 pensionistas com rendimentos anuais acima de 60 mil euros, o que significa reformas mensais acima de 5410 euros, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Ministério das Finanças, que representam anualmente o encargo de mais de 350 milhões de euros ao Orçamento Geral de Estado.

Vencimentos mensais de titulares de cargos públicos em 2016: Presidente da República 7.630,33 € (exceto despesas de representação); Primeiro-Ministro 6.439,3 euros (incluindo despesas de representação); Presidente da Assembleia da república 6.104,26 € (exceto despesas de representação); Ministro 5.702,00 (exceto despesas de representação); Deputado 3.815,16; Presidente de Câmara com mais de 40.000 eleitores 3.189,48€; Vereador de Câmara com mais de 40.000 eleitores 2.551,58 (exceto despesas de r.); Presidente de Junta de Freguesia com mais de 20.000 eleitores 1.907,58 € (exceto despesas de r.)., etc.

Índice de Corrupção de Portugal em 2016: 31º lugar em 176 países no mundo (ex-áqueo Botswana, Chipre e Porto Rico), 4º lugar na Europa (fonte: “Transparency International”)

Analfabetismo em 2016: 5,2% (3,5% masculino, 6,8% feminino (taxa mais alta da Europa) (fonte: INE).


Etc., etc.

 

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publicado por Sérgio Passos (twitter: @passossergio) às 11:22
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Sábado, 16 de Abril de 2016
Quem quer mais um aumento do IVA?

Agora, que já se está a prever para este ano mais uma subida do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), com a benção do esquerda e os votos do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português, é bom lembrar a escalada da rapina fiscal levada efeito sobre os portugueses com este imposto, considerado com um dos mais injustos e estúpidos impostos.

O Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), foi criado pelo Decreto-Lei nº 394-B/84, de 26 de Dezembro, tendo entrado em vigor a 1 de Julho de 1985.

Era então Primeiro-Ministro e Chefe de Governo Mário Alberto Nobre Lopes Soares, residente algures em Lisboa, e seu Ministro das Finanças Ernâni Rodrigues Lopes, este falecido entretanto a 2 de Dezembro de 2010.

Com a sua vigência passaram a existir duas taxas de IVA mais comuns, sendo a de 8% sobre a maioria dos alimentos e bens de consumo de primeira necessidade humanas e uma segunda taxa, para os demais serviços e bens, de 16%.

Em 1996, por meio do Decreto-Lei n.º 91/96, de 12 de Julho foram introduzidas as primeiras alterações às duas principais taxas, passando a relativa aos alimentos e aos bens de consumo de primeira necessidade humanas de 8% para 12%, e a segunda taxa, relativa aos demais os demais serviços e bens, subindo de 16% para 17%.

Ou seja, em 1996 só sobre os alimentos e os bens essenciais de consumo humano deu-se, por meio do referido aumento do IVA, uma subida relativa de 33,3%.

Era então Primeiro-Ministro e Chefe de Governo António Manuel de Oliveira Guterres (o actual Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados), residente algures em Nova Iorque, e seu Ministro das Finanças António Luciano Pacheco de Sousa franco, este entretanto falecido a 9 de Junho de 2004.

Em 2002, por meio da Lei 16-A/2002, de 31/5, da Assembleia da República Portuguesa, é introduzida uma nova subida do IVA na taxa dos demais serviços e bens passando de 17% a 19%.

Era então Primeiro-Ministro e Chefe de Governo José Manuel Durão Barroso, o actual Presidente da Comissão Europeia, residente algures em Bruxelas, e a seu Ministra das Finanças Maria Manuela Dias Ferreira Leite, residente algures em Lisboa.

Em 2005, por meio da Lei n.º 39/2005, de 24 de Junho, da Assembleia da República Portuguesa, é introduzida uma nova subida do IVA na taxa dos demais serviços e bens passando de 19% para 21%.

Era então Primeiro-Ministro e Chefe de Governo José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, residente algures em Lisboa, e era o seu Ministro das Finanças Luís Manuel Moreira de Campos e Cunha, ambos residentes algures em Lisboa.

Em 1 de Julho de 2008, por meio do Decreto-Lei n.º 26-A/2008, de 27 de Junho, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e o seu novo Ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, baixam, o que acontece pela primeira vez na História de Portugal, a taxa máxima do IVA para 20%.

Mas, só estavam passados 3 anos da última mexida no IVA, e a 1 de Julho de 2010, por meio da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de Junho, da Assembleia da República Portuguesa, os alimentos e demais bens essenciais de consumo humano têm uma subida, respectivamente, de 5% para 6% e 12% para 13%, subindo novamente a taxa máxima para 21%.

Era então Primeiro-Ministro e Chefe de Governo José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, residente algures em Lisboa, e era o seu Ministro das Finanças Fernando Teixeira dos Santos, ambos residentes algures em Lisboa.

Por último, em 2011, por meio do Decreto-Lei n.º 55-A/2010, de 31/12, é introduzida uma nova subida do IVA na taxa dos demais serviços e bens passando de 21% para 23%.

Como podemos perceber, desde 1996 até 2011, ou seja em meros 15 anos, o valor do IVA subiu em 43,75%, o que se repercutiu igualmente no aumento do custo e da carestia de vida dos portugueses.

Finalmente, por meio da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, com os Primeiro-Ministro António Costa e O MInistro das Finanças Mário Centeno, as “prestações de serviços de alimentação e bebidas, com exclusão das bebidas alcoólicas, refrigerantes, sumos, néctares e águas gaseificadas ou adicionadas de gás carbónico ou outras substâncias”, o chmado IVA da restauração, mas só nalguns produtos e ou serviços, desce. para 13%.

Este gravoso aumento da carga fiscal sobre os portugueses ao longo destes anos todos tem sido causa de uma enorme diminuição da sua qualidade de vida, contribuindo especialmente para aumento da fome entre os mais carenciados e mais pobres, da deterioração da saúde e do aumento da doença e do agravamento das condições de miséria de um cada vez maior número de portugueses, especialmente pior para os mais pobres e os mais desfavorecidos, calculado em 2 milhões e 500 mil, nas quais de contam cerca de 620 mil crianças e ainda de 1 milhão de idosos, este últimos que recebem em média mensal de 280 Euros.

A história do IVA e a sua escalada ajuda a explicar e muito a progressiva pauperização dos portugueses e a destruição da economia nacional!

 

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publicado por Sérgio Passos (twitter: @passossergio) às 20:06
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Quinta-feira, 7 de Abril de 2016
Mais de 200 milhões de euros gastos pelo Estado Português em desperdício tecnológico
Sabiam que o Estado Português esbanja todos anos milhões e milhões de euros dos contribuintes alimentando empresas tecnológicas e informáticas multinacionais estrangeiras!
Só em licenças de programas, muitos deles funcionando com muitos problemas e criando dificuldades nos serviços públicos entre si, compradas a empresas estrangeiras, nomeadamente a Microsoft, o Estado Português gasta cerca de 200 milhões de euros.
As plataformas Citius, das Finanças, Inventários e Cartórios, Segurança Social, GNR e PSP, Ensino e Ministério da Educação e tantas outras plataformas e meios informáticos do Estado Português, com o beneplácito dos sucessivos Governos portugueses, quer sejam da direita quer da esquerda, continuam a utilizar os sistemas operativos e demais software das grandes multinacionais americanas, francesas e outras, que funcionam cheios de buracos, fragilidades e falhas.
Os serviços tecnológicos são maus, instáveis, inseguros, vulneráveis e ataques informáticos e pirataria, são espiados e roubados por outros Estados estrangeiros, e os cidadãos portugueses são prejudicadas por tanta incompetência e má qualidade!
Ora, este Estado Português em vez de pagar aos técnicos e às empresas portuguesas, nacionais portanto, para desenvolverem software nacional, mais fiável e em ordem a melhor servir os portugueses, e com isso ajudando a desenvolver a indústria e os serviços nacionais, sem esquecer que pouparia muitos milhares de milhões de euros aos contribuintes, e também deixando esse dinheiro para e economia nacional, prefere, criminosa e com alto dano e prejuízos nacionais, continuar a deitar o dinheiro para a rua e entregando-o empresas estrangeiras.
E isto só acontece porque o Estado Português está capturado por corruptos e criminosos que preferem manusear o dinheiro dos contribuintes para o roubar e alimentar, com a colaboração dos grandes interesses estrangeiros, os corruptos nacionais e internacionais!
Acordem portuguesitos!

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publicado por Sérgio Passos (twitter: @passossergio) às 12:44
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Terça-feira, 5 de Abril de 2016
Panamá Papers ou os Estados que temos

Como agora se demonstrou, os Estados realmente têm servido para agravar ainda mais as desigualdades entre as pessoas, pois que, como vemos mais uma vez, os impostos só são para os trabalhadores e o mais pobres.

De facto, as leis fiscais mais gravosas são, em regra, aplicadas à massa de cidadãos trabalhadores, os cidadãos com menos rendimentos ou até mesmo declaradamente pobres, que são obrigados a pagar os seus impostos, mas poupando ilegitimamente os mais poderosos, uma minoria de pessoas que detém quase toda a riqueza do mundo e que consegue viver à custa do sacrifício de todos os outros, comprando Lamborghinis, com o dinheiro que não pagaram em impostos e que deveria ter sido usado para aliviar a pobreza, a fome e a doença.

O sistema impõe regras apertadas aos mais pobres e permite todas as batotas aos mais ricos.

E a maior ilusão é a de que os políticos, da esquerda à direita, continuam a propalar, enquanto eles mesmos continuam a encher os seus bolsos e os dos seus financiadores, que o Estado um dia irá mudar este iníquo e injusto estado de coisas.

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publicado por Sérgio Passos (twitter: @passossergio) às 23:06
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