O sorteio da “Fatura da Sorte”, ou sorteio que atribui prémios, de forma aleatória, às pessoas singulares que efetuaram aquisições de bens ou serviços em território nacional e exigiram a emissão de fatura, a partir de 1 de janeiro de 2014, com o seu número de identificação fisca, parece, na verdade dar lugar cada vez a um maior número de dúvida.
Mas o pior e mais difícil de justificar são exatamente as contas que suportam os seus custos.
Vejamos:
A preços do mercado, de cada viatura atribuída na fatura da sorte custa cerca de 50 mil euros, sendo que foram atribuídas 45 viaturas no ano de 2014.
Ora, como é que o Governo justifica uma despesa de cerca de 7 milhões de euros, quando uma simples conta de 45 viatura x 50 mil euros cada dá apenas 2 milhões e 250 euros?
E onde é foram para os 4 milhões e 750 mil euros em falta?
Afinal de contas, não estaremos nós perante mais um grave prejuízo par os contribuintes, ou, pelo menos, uma história (ou, uma conta...) muito mal contada?
O défice das contas públicas nos últimos 12 meses foi de 7.788 milhões de euros, tendo piorado 891 milhões em relação ao período homólogo de 2013/2014!
A dívida do Estado continua a aumentar à razão de cerca de 7 milhões de euros à hora, ascendendo o crescimento da dívida pública portuguesa a mais de 21,3 milhões de Euros por dia...!!!
O défice do Orçamento Geral de Estado de 2015 já vai em 5%...
Ora ...se nas vossas famílias os vossos filhos todos os dias gastassem mais do que os pais produzissem, esses filhos seriam imediatamente chamados à razão e levariam até uns açoites se não mudassem rapidamente desses maus hábitos.
Em Portugal, em contrapartida, o Estado gasta cada vez mais, aumenta a dívida pública, levando à asfixia os contribuintes, hipotecando-se o futuro e vendendo-se ao estrangeiro a nossa soberania, e os portugueses continuam assobiando para o lado e fazem de conta que não se passa nada.
Perante a loucura suicidária do Governo de Passos Coelho/Paulo Portas, pode ser que a Grécia, um dia destes, ainda nos venha a parecer uma pêra doce!
Em Portugal, à Banca é-lhe agora permitido fazer tudo e mais alguma coisa aos seus balcões, tais como receber depósitos, fazer os créditos, vender os mais variados serviços financeiros (aplicando livremente e sem controlo as suas próprias comissões sobre os depósitos dos clientes...!!!), fazer a mediação de seguros, de imóveis e dos mais variados serviços, outorgar atos notariais, escrituras, fazer reconhecimento de assinaturas e certificação de fotocópias, mediar os mais diversos atos de registo civil, comercial e predial, vender toda a quinquilharia possível e imaginária, etc., etc.
Ora, assim não admira que, em particular, os mais diversos profissionais, desde advogados, a solicitadores, passando por agentes imobiliários e de seguros, entre muitos outros, estejam desocupados e sem serviço para ganharem o seu sustento e o das suas famílias, e, em geral, os portugueses estejam cada vez mais pobres, endividados e escravizados pela banca
À custa disto os bancos e os banqueiros enriquecem desmesurada e escandalosamente e, ainda por cima, levaram, como continuam a levar, a economia nacional à bancarrota, tendo os contribuintes que pagar continuamente os seus abusos e roubos escandalosos!
A atuação da banca para além de configurar concorrência desleal, é abusiva e abusadora, beneficiando de inúmeros benefícios e privilégios legais e comerciais, para além das facilidades comercias e, pior, fiscais!
O que a Banca portuguesa faz mais não é do que um flagrante abuso de posição de mercado, contando com o apoio ilegítimo do Estado e o conluio criminoso das elites político-partidárias!
E quem é que tem a coragem de por fim a este abuso de posição de mercado e a fazer cessar a prostituição político-financeira entre, por um lado, o Estado, os agentes e os partidos políticos a soldo dos interesses contrários ao povo português e à democracia, e, por outro lado, os agiotas, os banqueiros e os especuladores, que, em descarado e pornográfico conluio, tudo fazem para conduzirem, Portugal e os portugueses à mais vil miséria, ao esclavagismo e às novas formas de servidão da gleba?
Basta dos abusos dos Bancos, eles são os principais causadores da miséria geral em que estamos mergulhados!
É preciso, urgentemente, por um freio nos dentes destes modernos vampiros, quais senhores feudais, que tudo roubam, conduzindo-nos às mais vis formas de miséria, à fome e, em suma, à destruição humana, social e económica de Portugal e dos portugueses!
Basta!
Segundo a Recomendação de 13-05-2015 do Conselho Europeu, relativa ao Programa Nacional de Reformas para Portugal, a prevenção da corrupção é prejudicada por uma aplicação ineficaz do quadro jurídico em vigor, havendo necessidade da implementação de um novo quadro legal com o agravamento das respetivas sanções criminais e civis.
Passados 23 anos depois da extinção da Alta Autoridade Contra a Corrupção, os sucessivos Governos – de PS, PSD e CDS/PP, que já somaram 7, e 5 legislaturas da Assembleia da República – de PS, PSD, CDS/PP, PCP e BE -, ainda não foi aprovada uma efetiva legislação capaz de combater a corrupção e o enriquecimento ilícito dos governantes e titulares de cargos públicos.
Os 3 grandes partidos políticos, PSD, PS e CDS/PP, contando com a anuência do BE e do PCP, não quiseram combater o fenómeno geral da corrupção, dela beneficiando durante décadas até aos dias de hoje, e todos eles enriquecendo ilícita e ilegitimamente os seus milhares de governantes, autarcas, boys, girls, jotas e amigos.
O Estado Português é hoje considerado pelas instituições internacionais, como a Transparency International, como sendo um dos mais corruptos do mundo, estando no terceiro lugar da união europeia depois da República Checa e da Lituânia e o quinto mais corrupto do mundo!
A corrupção em Portugal é hoje tão feitas às claras que já não espanta que uma Câmara Municipal contrate por amiguismo, em clara violação do código da contratação pública, o gabinete de advogados do vice-presidente distrital do seu partido político.
Ou, um ministro do Governo, também sem concurso público, possui o seu escritório de advogados a fazer o contencioso de um novo banco, o qual é suportado pelo aval do dinheiro dos contribuintes.
A Parceria Público Privada da Ponte Vasco da Gama, já pagou 3 pontes iguais, mas nenhum Governo se atreveu até hoje a pôr fim ao roubo do dinheiro dos contribuintes, nem sequer escutámos nenhum outro partido na Assembleia da República a fazer esta denúncia..
É inegável que a austeridade é uma enorme mentira para legitimar a roubalheira de Estado levada a cabo pelos partidos políticos instalados em Portugal há mais de 30 anos.
Mas, o fim da destruição nacional, com a abrupta mudança de Portugal, pode dar-se por um meio rápido, pacífico e ordeiro: basta o voto massivo nas próximas eleições legislativas no partido político que se apresente com a clara opção em pôr fim ao regime estatal da corrupção.
O voto massivo contra os partidos políticos da corrupção mudará Portugal!
(artigo do autor publicado na edição de 1 de Julho de 2015 do mensário regional jornal "Horizonte", de Avelar, Ansião, Leiria - http://www.jhorizonte.com)