Como já se esperava, o que tão-pouco já causam qualquer admiração ou espanto, o Governo e a Assembleia da República, no dia de ontem e perante a Greve Geral e os portugueses, tudo maquinaram e fizeram para demonstrar que a tudo estão dispostos para continuarem a oprimir os portugueses, nem sequer se coibindo inclusivamente a usar e demonstrar o uso e o excesso dos meios policiais de repressão e o uso indiscriminado da força brutal da polícia de choque para, caso seja necessário e como foi o caso, reprimir violentamente os portugueses indignados.
As cenas passadas ontem em frente à Assembleia da República mostraram a verdadeira estirpe dos ditadores desavergonhados do regime político vigente em Portugal: colocando a força policial de choque em frente a São Bento demonstraram que as dores e as dificuldades dos portugueses nenhuns interesse ou compaixão lhe causam, antes pelo contrário.
Para os políticos, os deputados e os Partidos políticos com assento nas cadeiras douradas do poder vigente e na Assembleia da República, os portugueses com fome, os mais de 3 milhões de pobres, as mais de 700 mil crianças portuguesas subnutridas e esfomeadas, os quase 1 milhão de desempregados, os mais de 1 milhão de idosos privados da saúde e dos seus medicamentes, etc., etc., enfim todos os muito mais de 5 milhões de portugueses já afogueados em enormes dificuldades, são para estes democratas fascistas um mero número abstracto, distante e desprezível que nada lhes dizem e nem sequer lhes interessam para coisa alguma.
O dito lugar do exercício da democracia portuguesa, lugar onde se devia antes e efectivamente promover, estimular e processar um diálogo construtivo e fraterno entre todos os portugueses, mormente e por maioria de razão num momento em que estão mergulhados em muito graves dificuldades, com que se debatem dolorosamente na sua sobrevivência diária, transformou-se ontem um lugar da pura demonstração da força e da repressão insensíveis e pornográficos do poder político instalados na III República.
A concentração de meios de repressão e de força brutal em frente à Assembleia da República só veio mostrar a indiferença, a altivez, a insensibilidade e a arrogância do Estado, do Governo, da Assembleia da República, dos Partidos políticos e dos políticos em geral perante os portugueses em grave e profundo sofrimento.
E o uso da violência da força policial perante e para com os manifestantes desarmados e indefesos e o sangue derramado nas escadarias da Assembleia da República, portanto, a demonstração de força do poder político e de Estado perante os manifestantes indefesos e desarmados perante as câmaras de televisão, a opinião pública portuguesa e perante o povo português em geral, só mostram o carácter ditatorial, impositivo, antidemocrático e fascizante do actual regime político vigente.
A democracia política instalada e o poder vigente demonstraram ontem, inequivocamente, em frente à Assembleia da República o seu verdadeiro carácter terrorista e brutal das suas condutas, dos seus géneros e das suas mentalidades.
Nenhumas democracia e liberdades existem ou restam já hoje em Portugal e os titulares políticos mais não são do que puros instrumentos de brutalização e da ditadura sobre os portugueses.
Ora, enquanto o crime e a criminalidade campeiam em Portugal e os portugueses vêem-se assoberbados por uma enorme onda de criminalidade nos seus comércios, locais de trabalho e nas suas residências, perante o qual o Governo e o Ministério da Administração Interna nada fazem, as mesmas forças policiais de repressão mostram o seu músculo e a sua violência perante uns quantos poucos portugueses desarmados e pacíficos.
Ora, a crise com que os portugueses se debatem tem um rosto conhecido e uma autoria bem definidas: são o poder instalado e resultado da implantação da III República, os seus Partidos políticos instalados após, os governantes e os titulares dos Órgãos de Soberania empossados pela Constituição Política da República de 1976, são, em suma, todos os beneficiários das mordomias e dos luxos pagos com a imensa dívida pública contraída, pelo qual e em resultado os portugueses suportam tantas e gravíssimas dificuldades e um profundo sofrimento diários.
Enquanto campeia em Portugal o roubo despudorado e a corrupção escandalosa e os seus autores vivem impune e livremente sem sanção nem punição, gabando-se publicamente dos enormes crimes e roubos cometidos, em contrapartida, os portugueses sofrem calados, brutalizados e violentados num estado resignado e completamente esmagados.
Ora, não resta actualmente outra solução aos portugueses e a Portugal que não seja o derrube deste poder e deste sistema político despótico, corrupto, nepotista e ditatorial.
Os portugueses fazem hoje em surdina, mas sentida e em esmagador número, um apelo comum às forças armadas patrióticas de Portugal, relembrando as corajosas palavras de um grande herói de Abril, ainda vivo, chamado Otelo Saraiva de Carvalho.
Este homem, sabemo-lo, a seguir ao 25 de Abril cometeu erros, mas como ele todos nós os cometemos no dia-a-dia.
Todos os portugueses ao terem eleito e permitido que estes políticos e governantes destrutivos e criminosos tenham levado Portugal a este estado de absoluta destruição geral de Portugal também erraram e gravemente.
Otelo Saraiva de Carvalho é hoje o mais improvável herói de Portugal, como o são também e igualmente os portugueses todos que sofrem calados e estáticos e que, sem reagir e sem pestanejar, suportam e aturam a grave crise económica na sua pele, no seu dia-a-dia e no rosto e na vida dos seus familiares, esposas e filhos.
Mas são estes os heróis de Portugal com quem temos de nos valer e nos socorrer e com mais nenhuns outros contamos, só e a não ser connosco próprios, se quisermos afinal nos salvar e sobreviver enquanto povo e nação, bem assim como a sobrevivência e a dignidade dos nossos filhos e dos nossos entes queridos.
É a si, Otelo Saraiva de Carvalho e aos demais bravos e corajosos militares de Portugal, que o Povo, os portugueses desprotegidos e sofridos, pedem e clamam pela liberdade, pela segurança e pela sua salvação.
É esta a hora e o momento de Otelo limpar e redimir o seu nome, a sua memória e o seu legado histórico, retomando as páginas douradas da História de Portugal que gravou no dia 25 de Abril de 1974 e, pegando em armas, ao que lhe expressamente apelamos, que derrube pela força o poder desumano e violento instalados em Portugal e que vilmente sufoca, pisa, enxovalha e mata diariamente os nobres e valentes portugueses.
Pedimos-lhe a si Otelo Saraiva de Carvalho que, com o seu conhecido carácter desassombrado, a sua força ímpar e a sua frontalidade digna, urgente, mas decididamente, juntando consigo os seus 800 homens e pegando em armas, protagonize um golpe de estado e derrube este regime opressivo e partidocrático, cleptocrático e corruptos, vigentes em Portugal.
Pedimos-lhe, humilde, sentida e sinceramente que, com a sua conhecida coragem e desassombro, diga Basta e sem mais demora, estando e agindo consciente e convicto, nesse seu corajoso acto, que muitos milhões de portugueses o apoiam e o seguirão imediatamente a si e aos seus homens, derrube o Estado vigente e ponhafim à vergonhosa e maléfica III República e às seitas que dela se alimentam.
É assim urgente e decisiva a salvação dos portugueses e o estabelecimento da democracia e da liberdade em Portugal.
Foi aprovado esta semana no regimento da Assembleia Regional da Madeira a possibilidade de um só deputado poder representar e votar pelos restantes deputados do respectivo grupo parlamentar.
Isto é verdadeiramente de pasmar!
E talvez não.
Na verdade o facto só vem confirmar a natureza do regime partidocrático subjacente a todo o regime parlamentar português, seja o da Assembleia da República, sejam os das Assembleias Regionais.
Neste caso da Madeira, o partido político maioritário, o PSD, com a aprovação desta medida mais não fez do que revelar o mais elementar e profundo desprezo pela regra da representatividade parlamentar, fazendo absoluta tábua rasa do processo eleitoral e da eleição dos deputados, mostrando a sua aversão e a sua ignorância pelo voto popular.
Não só, ainda, segundo os adeptos daquela nova regra do parlamento regional da Madeira, mostram que não precisam, nem lhes interessam os eleitos e nem sequer simpatizam com o processo eleitoral e o processo da regra democrática mínima da representatividade, mostrando, ao invés, o mais abjecto desprezo pelo processo democrático eleitoral e até revelam a menoridade dos seus deputados eleitos.
O facto é revelador e mostra às claras, sem mais qualquer vergonha, que os interesses das direcções partidárias mandam muito mais do que a pretensa democracia e o poder do voto popular.
Os partidos políticos portugueses demonstram apenas, mais uma vez, o seu completo desprezo pela participação popular e pelo povo.
O povo conta, segundo eles, para dar aparência ao processo dito e pretensamente democrático, mas que não o é, nem nunca foi, já nós sabíamos há muito e conhecemos da Constituição Política Portuguesa marxista e anti-democrática, e o povo mais não é do que o seu embrulho para "parecer ser" uma democracia.
Democracia das bananas é o que é.
Ora, com isto ao menos resulta uma lição e uma pergunta positivas: para quê pagar salários e regalias milionárias a tantos deputados quando um ou dois bastariam?
O chamado grande interesse na receita fiscal por parte do Estado vai ser, cada vez mais e com mais acuidade, o instrumento da repressão por excelência, afinal de contas, o móbil principal da ditadura do actual regime partidocrático sobre os portugueses.
Os portugueses parece ainda não terem percebido que o Estado político e profissional são a única causa e o autor exclusivos da crise em que vivemos, e ingenuamente continuam a debater-se nas explicações dos “mercados” ou dos mercadores e dos seus agentes, e neste último caso o dos seus governantes e políticos de Portugal dos últimos 30 anos.
Acabassem era os portugueses com o Estado e com as comanditas que dele se alimentam e rapidamente se veriam com a abastança e a riqueza chegando a todos nós!
O motu a solução dos portugueses passa inquestionavelmente pela Liberdade e pela abolição da ditadura fiscal de Estado.
Num modelo desenvolvido social e económico cada sujeito contribuinte devia poder contribuir para o Estado somente e unicamente com quanto quisesse e sempre fazendo-o voluntariamente.
Ora, até que esse momento de libertação colectiva, social e humana, portanto até ao dia em que nos livremos do modelo de Estado sanguessuga, opressivo e parasitário, este mesmo Estado, munido do seu corpo de agentes, sindicalistas, inúmeros beneficiários e bem assim dos seus eleitos, mais não são e constituem do que um mero instrumento global e geral de rapina e de benefício de uma minoria, mais ou menos grande, e parasitária sobre a imensa massa popular de quem trabalha.
E, o Fisco, mais não serve e não se presta do que a fornecer os meios económicos e os fins políticos subjacentes de repressão política e policial em prol de um conjunto de indivíduos imorais, corruptos e parasitas, sendo chamados e conhecidos de partidos políticos, ou eleitos e governantes que, munidos das suas estratégias de roubo, imoralidade e delinquência vária e generalizada, nunca fizeram mais nada na vida que não fosse explorar e roubar o produto do trabalho honesto de todos os quantos muitos labutam de sol a sol, honesta, laboriosa e esforçadamente, utilizando unicamente os seus meios, a sua força e as suas capacidade manuais e intelectuais para acudirem à sua esforçada sobrevivência.
O PSD e CDS vieram agora a público, pasme-se, por via da elaboração do Orçamento de Estado para 2012, declarar que querem aumentar contribuição extraordinária que incide sobre pensões milionárias da função pública que se encontrem acima de 5030 euros, passando estas a ser taxadas em 25% na parte que exceda aquele montante.
E ao mesmo tempo, para as pensões que excedam 18 vezes o Indexante de apoios Sociais, cerca de 7545 euros, propõem que a contribuição extraordinária será de 50% sobre a parte que exceda aquele montante.
Os restantes partidos políticos com assento na Assembleia da República, essa casa da vergonha ou da falta dela, calam-se, anuindo ao "laissez faire, laissez aller, laissez passer" que também tanto convém às suas clientelas.
Lido e ouvido isto assaltam-me logo à ideia os mais 3 milhões de pobres em Portugal, as suas mais de 700 mil crianças em situação de fome, subnutrição e privações várias, os crescentes milhares de sem-abrigo, os quase 1 milhão de desempregados, os mais de 1 milhão de idosos com crescentes e graves dificuldade de saúde e morrendo por falta de capacidade para o pagamento dos seus medicamentos vitais de saúde, as dezenas de milhares de famílias em aflição financeira, etc., etc.
No meu íntimo fica-me uma pergunta repetida a pesar: descontos ou taxas sobre as pensões douradas, mas a que títulos?
Mas digam-me lá outra vez, porque eu ainda não conseguir mesmo perceber!
Ou seja, o que eu pergunto é como num Estado falido, parasitário, endividado e deficitário, ainda há quem receba essas escandalosas pensões de luxo, pagas a peso de ouro?
Tem de haver maneira de perguntar aos portugueses se não há quem se insurja contra este abuso dos políticos e em seu favor, ou estaremos perante um completo absurdo?
E não vejo nada nem ninguém a erguer-se contra isto, nem a protestar, nem tão-pouco a indignar-se.
Verifico o silêncio cúmplice dos portugueses perante afronta.
Perante isto tido fico cada vez mais espantado.
Vivemos num país de faz de conta, em que os luxos de uns são pagos com a miséria absoluta de muitos.
Ora, perante a passividade popular generalizada a que assisto, numa coisa eu estou completamente seguro: um povo que suporta este gozo descarado e os abusos deste tamanho escancarado e escandaloso dos seus governantes é decerto um povo ignóbil e reles.
Com o coração a sangrar digo e sinto: tenho vergonha de ser português!
Segundo o "Sol" destes fim de semana, a Presidente da AR Assunção Esteves recebe mensalmente a pensão de reforma de € 7.255,00.
A somar a esta bela maquia recebe ainda de ajuda de custas € 2.133,00, levando para casa todos os meses € 9.388,00.
Já sabíamos que Assunção Esteves se havia reformado aos 42 anos, em 1998, com a pensão mensal de € 2.315,00.
Pelos vistos, recusou-se a receber o vencimento de PAR, no montante actual de € 5.219,15, preferindo antes o valor mensal da reforma de € 7.255,00.
Contudo, a mesma reportagem, não conseguiu esclarecer, ao que a o Gabinete da PAR se recusou a responder, como ela recebe aquele montante, ou que outra pensão de reforma possa ser.
Alguém percebe mesmo isto ou nos consegue dizer que pensão misteriosa é essa de que Assunção Esteves beneficia?
Quem fala verdade afinal no caso das escutas a José Sócrates?
Em quem podemos nós confiar?
Quem está afinal a mentir: os investigadores e os procuradores que faziam a investigação contra José Sócrates e que se pronunciaram pelo processo crime contra ele, ou o Procurador-Geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça que defenderam o arquivamento e a destruição das provas?
Que credibilidade resta no final disto tudo?
Qual a credibilidade que nos merecem?
Mas que Estado é este cujos titulares dos seu mais altos cargos e, inclusivamente, os titulares dos Órgãos de Soberania, não nos merecem já qualquer confiança?
Como podemos nós viver descansados connosco mesmos, com os nossos filhos e com a nossa sobrevivência futura, enquanto uma seita maléfica e criminosa impunemente trata de roubar, atentar contra a nossa segurança, a nossa liberdade e contra a nossa mínima sobrevivência, sem que haja qualquer sancionamento contra tais condutas e seus factos?
Que merda de democracia é esta em que os governantes usando o dinheiro do erário público tratam de abafar a liberdade de expressão, atentam contra a liberdade da comunicação social e contra as liberdades em geral dos seus cidadãos?
Como podemos nós confiar neste sistema judicial, político e representativo português enquanto surgem suspeitas graves contra os seus agentes e funcionários públicos e acusações da prática de tráficos de influências entre as altas figuras do Estado e dos Tribunais?
Como podem os portugueses dormir descansados enquanto indivíduos a coberto dos poderes e das prerrogativas do Estado tratam de enriquecer pessoalmente e por meio da prática de crimes?
Como podem os portugueses confiar nos eleitos, ou nos demais titulares da instituições do Estado, enquanto estes se aproveitam dos cargos públicos, das leis e dos benefícios daí resultantes para praticarem toda a espécie de crimes, atentaram em violação contra a Lei, o Direito, a Justiça e a Constituição da República?
Mas não há nem punição, nem sanção, contra quem pratica tamanhos e graves crimes contra a comunidade e o povo portugueses em geral?
Afinal que podre e malcheiroso país é este?
Que República das bananas é esta?
Não há vergonha, nem mais decência em Portugal?
E os portugueses aceitam viver nesta tamanha ignomínia e a indecência das suas instituições?
A vilanagem é agora a lei e a moral vigentes em Portugal?
Que tristeza.
Que profunda tristeza é esta, de um povo submerso pelo esterco em que este país se atolou.
A imundície tomou conta de Portugal inteiro!