O repetido e continuado desastre calamitoso dos incêndios em Portugal é bem a revelação de toda uma política errada, de pelo menos nos últimos 25 anos, para o ordenamento do território nacional, para a agricultura e para floresta portuguesas.
Não se fizeram em tempo e continuam sem se fazer, após décadas e milhares de milhões de euros deitados ao lixo e gastos na corrupção, as mini-hídricas, os aceiros e as protecções contra os fogos, a floresta e o campo estão votados ao mais completo abandono, a fiscalidade pune quem trabalha e quem produz, o campo e o interior estão cada vez mais humanamente desertificados, os portugueses são incentivados à preguiça, aos subsídios e à dependência, os bombeiros e mesmo após serem inundados de milhões de euros continuam sem a formação adequada e os meios mínimos para combater fogos florestais, etc., etc.
Há 25 anos que o país continua a arder e nenhum Governo se mostrou até agora interessado em fazer cessar este longo e permanente desastre de custos incomensuráveis.
Os Governos de Portugal nos últimos 25 anos, com Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, José Sócrates e agora com Passos Coelho, claramente mostraram, em detrimento das potencialidades naturais do país, da sua cultura, do seu território, das suas gentes e das suas aptidões naturais e ancestrais, encontrar-se unicamente ao serviço da corrupção, da finança, da especulação imobiliária, do betão e do asfalto, tudo em ordem e condução ao irracional e criminoso endividamento do país, tendo assim e inevitavelmente conduzido Portugal e os portugueses ao mais completo desastre e a à completa ruína em que nos encontramos.
O país, o seu povo, a política e a governação não podem continuar a agir e a conduzir-se pelas contínuas e repetidas políticas corruptas e criminosas dos empréstimos financeiros vindos do estrangeiro, da alienação cultural e da destruição dos recursos naturais, sob pena da condução total de Portugal a uma imensa tragédia colectiva, sem retorno e sem salvação.
Portugal e os portugueses necessitam de voltar a reencontrar-se com as suas vocações naturais e próprias e o seu destino natural que está diante do seu mar e das suas conhecidas vocações atlântica, africana e lusíada.
Há que mudar urgentemente, Portugal precisa de se salvar e seguir por diante a sua História, para tanto necessitando de alterar profunda e radicalmente os seus paradigmas e os seus principais actores políticos.
Enquanto isso, estes incendiários de colarinho branco e destruídores de Portugal, gozam de prerrogativas de poder, benesses e favores vários e até mesmo de imunidade legal, auferem rendimentos milionários pagos com o dinheiro dos contribuintes, traficam favores e corrupção, encontram-se em liberdade, não havendo quem os prenda, julgue e puna.
A bem de Portugal!